Segundo a Sociedade Ponto Verde, a recolha seletiva de embalagens registou um aumentou de 6% no primeiro trimestre de 2022, face ao período homólogo do ano anterior, com mais de 105 mil toneladas de embalagens encaminhadas para reciclagem. Entre os materiais que mais contribuíram para este resultado, destaca-se o vidro, com uma subida de 9%.
Há ainda a registar o aumento do volume de embalagens de plástico colocadas no ecoponto, mais de 19 mil toneladas, o que reflete um crescimento de 6%. Também o papel cartão sobe, com mais de 33 mil toneladas encaminhadas para reciclagem, representando um aumento de 3%.
Os resultados positivos do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos Urbanos são reveladores do esforço contínuo da Sociedade Ponto Verde (SPV) na gestão das embalagens, envolvendo todos os agentes do setor e apostando na sensibilização e educação contínua da população em prol do mesmo objetivo, aumentar as taxas de reciclagem nacionais, protegendo os recursos e o ambiente.
A par destes resultados positivos, ainda assim, para que o país possa cumprir com a meta de 65% de reciclagem de todas as embalagens colocadas no mercado até 2025, a SPV reforça a necessidade de se adotarem medidas de melhoria do sistema de gestão de resíduos urbanos, como a revisão do seu financiamento.
Estes é um dos aspetos focados pelo Tribunal de Contas (TdC) num relatório divulgado a semana passada sobre a gestão de resíduos urbanos, com destaque para o plástico. A instituição afirma que o modelo de financiamento dos sistemas de gestão de resíduos urbanos não permite a cobertura dos gastos com a sua recolha e não estimula suficientemente a adoção de boas práticas de prevenção e gestão dos resíduos pelos cidadãos.
Para Ana Trigo Morais, CEO da SPV, “os resultados no arranque do ano são animadores e refletem o empenho da Sociedade Ponto Verde em contribuir para o cumprimento das metas nacionais da reciclagem. Este tem sido um desígnio assumido pela SPV e para o qual temos vindo a trabalhar com todos os agentes do setor, no entanto, para que possamos assistir a uma evolução sustentada na gestão de resíduos nacional, privilegiando eficiência e justiça, é necessária uma revisão aos modelos atuais de financiamento e regulação.”