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Manuel de Oliveira parte mas fica-nos a memória e a herança

A partida de Manuel de Oliveira, surpreendeu-nos, apesar da longevidade e de sabermos como o próprio dizia em vida, que certezas só há uma, mas não conseguimos evitar aquela estranha sensação de empobrecimento imediato, apesar do riquíssimo património que herdamos.

Senhor de vida longa, repleta de aventura e coragem, não passou por ela a passar, passou por ela a marcar, soube acima de tudo desfrutar do previlégio dessa vida, que foi para além do século e que refletia em todos os momentos, no espelho facial e no humor que o caraterizava.

Manuel de Oliveira que nem sempre foi muito bem compreendido, precisou como realizador de cinema, de ganhar notoriedade lá fora, para ser reconhecido cá dentro, mas hoje, todas as honras lhe são devidas e lhe são prestadas, porque a obra que deixa, perpetuará não só o nome, o talento e a sensibilidade para a arte que projetou e que se prolongará, no tempo e na história do contador de histórias que foi, uma personalidade gigante.

A nossa homenagem a Manuel de Oliveira e ao realizador, que se focou no grande plano no tempo do preto e branco, que tratou a côr com todo o brilhantismo e partiu para outros cenários, onde apesar de desconhecidos, não temos dúvidas de que saberá, como aí projetar a sua extraordinária inteligência e sabedoria.

Carlos Santomor

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