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Memórias em Tempo de Amnésia

Memórias em Tempo de Amnésia

Um testemunho pessoal da viagem e da vivência em África é o que nos traz o escritor Álvaro Vasconcelos, na sua obra “Memórias em Tempo de Amnésia – Uma campa em África” (volume 1), que será apresentado no dia 10 de janeiro, às 18 horas, no auditório da UCCLA. Um livro que quer preservar a memória, contra a política do esquecimento e o revisionismo histórico sobre o crime contra a humanidade que foi o colonialismo.

Com a chancela das Edições Afrontamento, o livro será apresentado por Margarida Calafate Ribeiro e Victor Barros, com moderação de Marta Lança. Haverá declamação pela voz de Aoaní Salvaterra.

A apresentação do livro será transmitida em direto através da página do Facebook da UCCLA em https://www.facebook.com/UniaodasCidadesCapitaisLinguaPortuguesa

Sinopse:

Estas Memórias em Tempo de Amnésia são publicadas em dois volumes. O livro trata sobretudo do que era proibido lembrar, do que era subversivo memorizar. Os crimes deviam ser esquecidos para todo o sempre. Podia-se ser preso e torturado por ter visto o crime que nenhum registo podia guardar e ficava, apesar de todo o esforço dos fazedores de silêncio, na memória dos homens. Nos contadores de histórias, nos que pela tradição oral preservam as lembranças dos seus antepassados. Mas as dificuldades do presente funcionam como uma droga que apaga a memória e propaga como um vírus a amnésia coletiva, tornando a sociedade mais frágil perante ameaçadas já conhecidas pela humanidade.

Uma Campa em África, o primeiro volume, aborda os caminhos que me levaram, ainda menino, para África. Aí vivi entre 1953 e 1967, primeiro em Moçambique, depois na África do Sul. Pretende ser um testemunho da viagem às trevas que era viver em África no tempo em que o racismo era política de Estado, quer fosse na mentira luso tropical ou no horror do apartheid. É um testemunho em nome do dever de memória, contra a política do esquecimento e o revisionismo histórico sobre o crime contra a humanidade que foi o colonialismo.

Da Beira da minha infância, da cidade branca, resta uma campa; aí jaz a minha avó Amélia Claro, que eu tanto amara no Douro.

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