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Mutações de resistência a medicamentos HIV no Brasil

Mutações de resistência a medicamentos HIV no Brasil

O Estudo conduzido por um grupo de investigadores da Escola de Medicina da Universidade do Minho, conclui que as mutações de resistência a medicamentos para HIV, crescem 10 por cento no Brasil.

Segundo a equipa de investigadores do ICVS da Escola de Medicina da UMinho, liderada por Ana Santos Pereira e Nuno Osório, a mutação K65R, uma mutação rara no HIV e que surge em resposta ao uso de Tenofovir, cresceu 10% em menos de 10 anos no Brasil.

O crescimento desta mutação agora registado, de 2,23 para 12,11%, ameaça seriamente o sucesso do tratamento antirretroviral devido à resistência que cria a estes medicamentos.

O estudo analisou, entre 2008 e 2017, mais de 20 mil sequências de HIV em processo de tratamento antirretroviral no Brasil, país com mais pessoas infetadas por HIV na América do Sul.

“A terapia antirretroviral quando tem sucesso aumenta em grande medida a esperança média e a qualidade de vida das pessoas infetadas e impede a transmissão. A emergência de mutações no HIV causadoras de resistência a vários fármacos utilizados na terapia antirretroviral é preocupante porque limita as opções de tratamento” afirma Nuno Osório.

“O Tenofovir é um dos fármacos mais usados neste momento no Brasil. Ao contrário de outros países em que se testa, em todas as pessoas diagnosticadas, a presença de mutações de resistência no HIV, no Brasil tal só acontece em alguns casos o que contribuiu para casos de falência terapêutica e agravamento do problema da resistência”, conclui Nuno Osório.

Os dados foram recentemente publicados na revista MDPI e podem ser consultados em: mdpi.com/1422-0067/22/10/5304

A Escola de Medicina da Universidade do Minho (EM-UM) nasceu em 2000 como Escola de Ciências da Saúde. A sua identidade é marcada pela solidariedade e coesão, pela cultura da avaliação e pela transparência e responsabilidade social. A EM integra um cluster que conta com a participação do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS), do Centro Clínico Académico 2CA Braga, do Centro de Medicina Digital P5, da Associação Ciência, Inovação e Saúde (B´ACIS) e da Alumni Medicina.

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