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O 55.º Vodafone Rally de Portugal já está na Estrada

O 55.º Vodafone Rally de Portugal já está na Estrada

O Shakedown de Baltar (Paredes), marcou na manhã desta quinta-feira, o “início oficioso” do 55.º Vodafone Rally de Portugal, voltando a atrair milhares de entusiastas, que encheram as bancadas e o recinto da antiga pista de ralicross. Um excelente espetáculo e um prenúncio para a Super Especial de Coimbra, com partida no fim da tarde de ontem.

Em Baltar, Elfyn Evans, num Toyota GR Yaris Rally 1, estabeleceu o tempo mais rápido no Shakedown do 55.º Vodafone Rally de Portugal. O piloto galês demorou 2m56,1s a completar a sua terceira passagem pelo troço, em piso misto de asfalto e terra, de 4,55 quilómetros.

O galês precisa de um bom resultado em Portugal para poder relançar a candidatura ao título, após duas desistências e uma pontuação discreta na Croácia. “É sempre uma ajuda estar numa posição recuada na estrada, pelo que temos de tirar o maior partido desse facto. Fomos melhorando à medida que o piso se tornou menos escorregadio e vamos esperar para ver como será no rali”.

Ao volante de um Ford Puma Rally 1, Craig Breen foi o segundo mais rápido, com mais quatro décimas do que Evans: “O carro dá-me boas sensações”, disse. Seguiu-se Ott Tänak (Hyundai i20 N Rally 1), com mais 0,3s.“É um fim-de-semana longo e como é nossa primeira prova na terra com o novo carro, não sabemos bem o que esperar. Temos apenas que descobrir as coisas e ver como corre”, disse o estónio.

Thierry Neuville (Hyundai i20 N Rally 1) foi o quarto mais rápido, a apenas uma décima de Tänak, mostrando-se igualmente cauteloso relativamente a prognósticos: “É difícil dizer. A primeira coisa a fazer é conseguir uma boa sensação com o carro na terra. Temos de olhar para a frente, porque vai ser um fim-de-semana desafiante e vamos ter de fazer muita limpeza dos troços no primeiro dia. Mas vamos tentar forçar e ver o que é possível fazer”.

Pierre-Louis Loubet em Ford Puma Rally 1, estabeleceu o quinto melhor “crono”. “Tenho uma boa sensação. O carro está muito bem e desfrutei destes quilómetros. Vou tentar adaptar-me aos poucos, ao longo do fim-de-semana, porque há muito tempo que não faço uma boa prova”, reconheceu.

Ao volante de um Hyundai i20 N Rally 1, Dani Sordo foi sexto, com mais uma décima do que Loubet. “Sinto-me bem. O desempenho do carro é excelente e estou contente com o set-up e com o equilíbrio”, disse o espanhol. Seguiu-se, também a uma décima, Sébastien Ogier: “O carro dá boas sensações e temos de começar a entrar no ritmo novamente. Está um pouco escorregadio com os pneus duros, mas vamos tentar melhorar lentamente”.

Kalle Rovanperä (“decididamente, com os pneus duros não foi nada mau, está tudo bem”), Gus Greensmith (“o carro dá-me boas sensações”), Sébastien Loeb (“estamos apenas a tentar reencontrar o ritmo. Fizemos uns bons reconhecimentos, mas testámos pouco, pelo que continuámos a trabalhar um pouco, esta manhã”), Takamoto Katsuta (“está tudo bem”) e Adrien Fourmaux (“é um rali mesmo muito bom e também é bom regressar aos pisos de terra. Vai ser interessante ver como está cada um dos rivais e tenho a certeza de que vou desfrutar”) encerraram, por esta ordem, o lote dos 12 pilotos Rally1.

Os pilotos do WRC2 também foram para a estrada nos primeiros 90 minutos da prova teste e Teemu Suninen foi o mais rápido, com o tempo de 3m03,5s, gastando menos meio segundo do que Oliver Solberg na passagem mais rápida de ambos. Armindo Araújo foi o melhor português, com 3m09,3s.

Resta dizer que se é difícil fazer comparações entre troços de ano para ano, mesmo se as condições climatéricas e do terreno são idênticas, mais difícil ainda se torna quando têm dimensões diferentes, como é o caso do Shakedown que, este ano, tem menos 250 metros do que no ano passado (4,55 km contra os 4,8 km de 2021).

Mesmo assim, os tempos são sempre uma referência e a tentação da comparação é inevitável, mais ainda quando estamos na presença de carros Rally1 híbridos muito diferentes dos do ano passado. A primeira conclusão é a de que parecem ser mais rápidos, já que o melhor registo deste ano, que ficou com Elfyn Evans, é quase 10 segundos mais rápido do que o do ano passado, que também lhe pertenceu: 2m56,1s contra 3m05,9s.

Um «crono» pouco justificável apenas pela diferença de uma extensão inferior em 250 metros, mesmo ressalvando sempre que as comparações nestes casos funcionam como mera referência.

press.motorsport / CS

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