As temperaturas amenas que se fazem sentir no Algarve durante todo o ano são particularmente agradáveis para conhecer a oferta natural do destino, sobretudo para quem privilegia atividades ao ar livre. Por isso, a Região de Turismo do Algarve, em colaboração com a Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Algarve, edita três novos guias dedicados ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, ao Parque Natural da Ria Formosa e à Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, que são um convite aos residentes e visitantes nacionais e estrangeiros para explorarem o património natural e histórico que se encontra em cada uma destas áreas protegidas.
Quem pretende desfrutar do Algarve e explorar novos locais e recantos naturais da região, seja num passeio pedestre, num passeio de barco ou a andar de bicicleta, vai encontrar nestas publicações um conjunto de conteúdos de interesse, onde se destacam os mapas com opções de percursos e a identificação de vários pontos de interesse em cada parque, bem como detalhe sobre os ecossistemas, os habitats e as espécies de fauna e flora que poderão ser observados durante a visita. A par destes aspetos e de tantas outras curiosidades e imagens ilustrativas, há ainda informação útil para orientar o visitante e conteúdos específicos que visam sensibilizar para as boas práticas que devem ser adotadas para a preservação dos diversos ambientes.
Pelo facto de o turismo de natureza ser um produto estratégico para o destino e por ser valorizado por visitantes de diferentes nacionalidades, as três brochuras que dão a conhecer as áreas naturais encontram-se disponíveis em quatro idiomas (português, inglês, castelhano e francês) em formato digital no site promocional VisitAlgarve e, brevemente, também em papel nos postos de turismo da região. A edição representa um investimento de cerca de 40 mil euros pela Região de Turismo do Algarve e está integrada no projeto VALUETUR, aprovado ao abrigo do Programa de Cooperação INTERREG V-A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP).
Cada guia retrata a diversidade e as características especiais que tornam cada uma destas três áreas naturais únicas e de classificação protegida do Algarve. Situado no extremo sudoeste de Portugal, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina estende-se por 110 km numa estreita faixa do litoral das regiões do Algarve e Alentejo. Os habitats naturais e semi-naturais, tais como as arribas e falésias, praias, dunas, charnecas e zonas húmidas, que incluem estuários, sistemas lagunares, cursos de água, lagoas temporárias e pequenos açudes, e as espécies de flora, avifauna e mamíferos marcam a paisagem deste território que aguarda a visita de quem aprecia a natureza e a vida selvagem. Sem dificuldade poderá observar-se uma grande diversidade de espécies animais, com destaque para os ninhos de cegonha-branca construídos nas falésias rochosas marinhas, situação única no mundo. E uma visita no final do verão permite observar centenas de aves em migração que por aqui passam e frequentemente se detêm no extremo sudoeste do parque, um espetáculo raro e a não perder pelos apaixonados pela observação de aves, a quem é anualmente dedicado o maior festival de observação de aves e atividades de natureza do país, em Sagres.
Brochura do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina em formato digital
No guia dedicado à Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António são colocadas em evidência as especificidades desta área que é uma das mais importantes zonas húmidas do país, situada junto à foz do rio Guadiana e formada por sapais salgados, corpos de água salobra, salinas e esteiros e onde se encontra grande diversidade de flora, avifauna, ictiofauna, crustáceos e moluscos. Sabia que este ano, pela primeira, vez uma colónia de flamingos nidificou com sucesso em Portugal e centenas de crias nasceram aqui? Esta é apenas uma curiosidade desta reserva natural, refúgio de uma população variada de aves aquáticas, facto que lhe confere um inegável valor ornitológico: 169 espécies, na sua maioria aves aquáticas invernantes e migradoras, ocorrem aqui regularmente, existindo ainda registos de outras espécies que ocorreram de forma ocasional. Por tudo isso ou pelos 600 hectares de salinas (o sal e a flor de sal de Castro Marim têm mesmo certificação de origem protegida), pelos percursos pedestres ou pelo património histórico, não faltam motivos para uma visita ao sapal.
Brochura da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António em formato digital
Já o guia relativo ao Parque Natural da Ria Formosa promove o conhecimento sobre este importante sistema lagunar que inclui zona de sapal, dunas, pradarias marinhas e grande variedade de espécies de avifauna, peixes, moluscos e crustáceos. A sede do parque, em Olhão, é o ponto de partida ideal para visitar este santuário, que se estende ao longo de 60 km da costa algarvia. Mais conhecido pelo sistema lagunar da ria Formosa, um cordão de ilhas arenosas paralelas à costa que protegem uma laguna, o parque natural oferece muitos pontos de interesse: das praias às salinas, pesca e mariscagem, dos passeios de barco aos percursos pedestres, da observação de aves à visita de aldeias, fortalezas e moinhos de maré, entre outros atrativos como cavalos-marinhos, camaleões ou flamingos, que aqui podem ser avistados.
Brochura do Parque Natural da Ria Formosa em formato digital
A edição destes guias sobre as três áreas protegidas no Algarve faz parte da aposta da entidade regional de turismo no produto turismo de natureza, sendo uma ação que decorre integrada na candidatura do projeto Valuetur a fundos da União Europeia para a valorização de áreas protegidas de valor natural, histórico e cultural, para se tornarem geradoras de atividade económica sustentável. Neste contexto foi também editado um folheto dirigido ao visitante do Centro de Educação Ambiental de Marim, um espaço vocacionado para a educação ambiental na região e um observatório privilegiado dos vários ecossistemas que compõem o Parque Natural da Ria Formosa, que oferece um percurso de visita que inclui 23 estações apoiadas por painéis informativos.
Guia de Visita do Centro de Educação Ambiental de Marim em formato digital
Sobre o Valuetur
O projeto Valuetur, no qual a Região de Turismo do Algarve participa, é liderado pela Diputación Provincial de Huelva e inclui a Consejería de Medio Ambiente y Ordenación del Territorio da Junta de Andalucía, a Fundación Andanatura e a Mancomunidad Condado de Huelva. Sendo um projeto transfronteiriço, inclui duas áreas protegidas – Rio Tinto (Andaluzia) e a Ria Formosa (Algarve) – com a finalidade de recuperar e valorizar o património existente e desenvolver a oferta turística, envolvendo as empresas e empreendedores das respetivas regiões. Pretende-se que, através da dinamização da atividade turística e da promoção, seja possível aumentar o número de visitantes nestes espaços, melhorando o desenvolvimento socioeconómico da região. Projeto aprovado ao abrigo do Programa de Cooperação INTERREG V-A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP).