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O cancro do pulmão é o que mais mata

“Men Made Cancer” (“cancro criado pelo homem”, em português) é o mote da nova campanha do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) para o Dia Mundial do Cancro do Pulmão que se assinala, anualmente, a dia 1 de agosto. Esta ação visa alertar para a modificação de comportamentos junto da população, considerando que o tabagismo aumenta em cerca de 10 vezes o risco de desenvolver cancro do pulmão e a exposição ambiental a substâncias cancerígenas representa também uma causa considerável.

Partindo do dado conhecido de que 80 a 85% dos casos de cancro do pulmão são devidos ao tabagismo, cabe-nos incentivar o público para a modificação deste comportamento através da cessação tabágica”, alerta a Dr.ª Teresa Almodovar, presidente da Direção do GECP. “Lembramos que o consumo tabágico é uma das principais causas de morte evitáveis no mundo – eliminar o tabaco e, por essa via, atuar na prevenção de diversas patologias, entre as quais o cancro do pulmão, está nas nossas mãos”.

Isto significa que quem não fuma pode escolher não iniciar o hábito de fumar e quem fuma tem também a escolha de deixar de fumar. Neste âmbito, a médica lembra que “deixar de fumar é sempre benéfico e faz toda a diferença, quer na presença, quer na ausência de diagnóstico de cancro”.

Adicionalmente, a poluição ambiental tem sido também apontada como causa considerável para este tipo de cancro. “Há vários estudos que referem a exposição aos gases de escape dos automóveis, nomeadamente dos diesel. Temos ainda a exposição ao amianto, muito utilizado na construção civil e a exposição ao radão (um gás natural radioativo), bem como a exposição a certos químicos”. Também a este nível, “o homem (ser humano) é o responsável por todos estes fatores que podem estar na origem de um tumor no pulmão”, aponta a especialista de Pneumologia.

Em 2020, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), registaram-se 5400 novos diagnósticos de cancro do pulmão em Portugal, 4797 dos quais resultando em mortes.

Na campanha para esta data, “o foco é nas ações que cada um de nós poderá ter para diminuir o impacto desta doença, quer na redução da exposição ao fumo do tabaco (ativo e passivo), quer na redução da exposição aos poluentes mencionados”.

Por ser uma doença silenciosa, o que dificulta o diagnóstico e tratamento precoces, e que progride rapidamente, “o combate deverá ser do lado da prevenção”. Embora com componentes por explicar e por estudar sobre todos os fatores na origem desta patologia, “podemos (e devemos) agir sobre o que já conhecemos”.

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