A dependência das redes sociais tem levado milhares de jovens por todo o mundo, a ficarem agarrados de tal forma, que chegam a entrar em depressão, a praticarem a auto-mutilação, ou o suicídio, quando acontecem algumas contrariedades ao nível das redes.
As plataformas sabem que estão a causar danos, mas continuam a influenciar, indiferentes ao drama que já afeta milhares de famílias, visando apenas o lucro. Ursula von der Leyen a Presidente da UE, prometeu acabar com esses elementos viciantes durante o seu próximo mandato. Os ‘gigantes da tecnologia’ vão oferecer resistência máxima. Temos de fazer com que ela ouça o nosso apelo urgente.
A Avaaz.org, organização de defesa dos direitos humanos, acaba de lançar um apelo para todos se associem com petições e outras formas de pressão, dirigidas à Presidente da União Europeia, para que sejam adotadas medidas que permitam travar a ação das tecnológicas, mitigando a tragédia que já atingiu níveis extremamente dramáticos, por todo o globo.
ACABAR COM A DEPENDÊNCIA
Caros amigos e amigas,
“Eles sabem que estamos a morrer. Não se importam. Lucram com as nossas mortes.” Este é o grito de alerta de Taylor Little, uma jovem de apenas 12 anos, que caiu na dependência das redes sociais, o que a levou à depressão e a tentativas de suicídio.
Várias fugas de documentos, mostram que Mark Zuckerberg, da Meta, sabe há anos que os produtos das suas empresas são concebidos no sentido de criar dependência, afetando muito gravemente, os adolescentes. As plataformas recondicionam literalmente os cérebros dos jovens, em desenvolvimento, mas muito mais vulneráveis a esta manipulação, para os manter agarrados.
A presidente da UE, Ursula von der Leyen, prometeu pôr fim a estes elementos viciantes, mas os ‘gigantes da tecnologia’ estão a pressioná-la para atrasar o processo! Vamos criar um apelo maciço de pessoas de toda a Europa para exigir proteção para nós e para os nossos filhos. Se formos suficientes a juntar-nos, a nossa mensagem será entregue diretamente à Presidente.
ACABAR COM A DEPENDÊNCIA
Taylor disse que quando lhe era retirado o telefone, se sentia “como se estivesse em abstinência. Era insuportável.” Os peritos de saúde mental inventaram um nome para isto: “nomofobia” (“no mobile phone phobia” em inglês). Trata-se de um fenómeno global: quase metade dos adolescentes dizem estar “praticamente sempre” em linha, e um estudo recente mostrou que metade da Geração Z gostaria que o TikTok nunca tivesse sido inventado. A dependência às redes sociais afeta-nos a todos, mas os seus efeitos mais graves atingem as crianças.
As plataformas já fizeram pequenas alterações em resposta à pressão pública, mas isto não basta. Precisamos, urgentemente, de transformações de fundo sobre o modo de funcionamento destas plataformas. E estamos a começar a vê-las: nos EUA, o estado da Califórnia aprovou há pouco uma lei contra elementos propositadamente viciantes, e a nova Comissão Europeia que entra agora em funções também apoia estas medidas.
Durante o mandato anterior, trabalhámos com a presidente von der Leyen para assegurar regulamentação inovadora das redes sociais. Esta experiência ensinou-nos que eles vão precisar de todo o apoio e pressão possíveis para resistir ao exército de lobbies das grandes empresas de tecnologia. Façamo-nos ouvir!
ACABAR COM A DEPENDÊNCIA
A comunidade da Avaaz tem estado na linha da frente da luta por um ambiente mais são, em linha. Financiámos pesquisa acerca de como a desinformação se propaga e o seu efeito em momentos cruciais como eleições, conflitos civis e a pandemia. Juntamente com parceiros, ajudámos a promulgar regulamentação das redes sociais, protegendo os direitos humanos na União Europeia. Chegou de novo a altura de nos unirmos e defendermos aqueles que amamos.
Com esperança e determinação,
Nádia, Antonia, Alica, Nate, Sara e toda a equipa da Avaaz
Nota: A fotografia no cabeçalho vem de um banco de imagens, não se trata de uma fotografia de Taylor.
