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O Reino Unido exporta resíduos tóxicos sem controlo

O Reino Unido exporta resíduos tóxicos sem controlo

Ativistas ambientais acusaram o Reino Unido de voltar atrás nas promessas feitas no manifesto do Partido Conservador de 2019, no que se referia à exportação de resíduos tóxicos.

O partido político, que está atualmente no poder no Reino Unido, garantia nesse manifesto que pressionaria o país a “liderar o combate à poluição por plásticos a nível mundial, proibindo a exportação de resíduos de plástico para países não pertencentes à OCDE”.

Acontece que para já e de acordo com a Basel Action Network (BAN), o Reino Unido que é o segundo maior exportador mundial de resíduos plásticos, envia cerca de dois terços dos seus resíduos, para países em desenvolvimento. Como exemplo, no mês de setembro de 2020, enviou 6.896 toneladas para a Malásia, Paquistão, Vietname e Indonésia.

Como esses países não têm capacidade de gestão de resíduos tóxicos ou instalações adequadas para acomodar esses resíduos, significa que a maior parte desses envios é queimada ou enterrada, sem qualquer preparação, com efeitos indiretos para as comunidades locais.

Em vez de proibir a exportação desses resíduos plásticos não selecionados, o Reino Unido adotou uma política de “consentimento prévio informado”, o que significa que os países importadores têm que aceitar ou recusar os resíduos, passando a decisão para os destinatários.

Jim Puckett, diretor executivo do BAN, insiste que o Reino Unido sabia e aceitava em abril de 2019, os planos da UE para proibir a exportação de plástico misturado e contaminado, não compreendendo o motivo porque é que o governo, não implementou a medida em janeiro de 2021 .

“O Reino Unido teve quase dois anos para transpor a proibição de exportação de resíduos de plástico da UE para a lei britânica”, disse Puckett.

“Presumimos que o Reino Unido iria pelo menos seguir a UE, por isso, é um choque descobrir agora, que em vez disso, o governo conservador, adotou um procedimento de controle muito mais frágil, permitindo a exportação de plásticos contaminados e difíceis de reciclar, para países em desenvolvimento, sem nenhum controlo”, acrescenta aquele responsável da Basel Action Network (BAN).

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