Apesar de a missão de inspectores não ter sido encarregada de verificar quem seria o responsável pelo ataque, os embaixadores dos EUA e do Reino Unido na ONU, afirmaram que devido aos aspectos técnicos do relatório -tipo de foguetes usados no ataque, as suas trajectórias e a qualidade do gás sarin empregue- provam que só o governo sírio teria a capacidade de lançar esse tipo de ataque em larga escala.
Segundo Jay Carney, porta-voz do governo americano na conferência de imprensa, afirmou que, “As informações do relatório, indicam que foi lançado gás sarin através de mísseis terra-terra, que só o regime possui, mostra claramente quem é responsável”
A embaixadora Samantha Power, representante dos EUA na ONU e após reunião de Conselho de Segurança, vincou que, “Só temos informação de que o governo e não a oposição, tem o tipo de foguete usado para lançar o ataque”, acrescentou que, “desafiaria a lógica pensar que a oposição infiltraria uma área do regime para lançar um ataque contra si mesma e o regime sírio tem sarin, enquanto não há evidências de que a oposição o tenha”.
No Relatório, entregue ao Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pelo chefe dos inspectores, Aake Sellström, está mencionado que, “as armas químicas foram utilizadas a uma escala relativamente grande contra civis, incluindo crianças”, durante o conflito sírio de 21 de Agosto e que fez cerca de 1.400 mortos. Ficou comprovada a utilização de gás sarin através de testes feitos com amostras de sangue retiradas de pacientes com sinais de envenenamento
O relatório foi divulgado depois de os EUA e a Rússia terem alcançado no Sábado (14 de Setembro), após dias de negociações na Suíça, Genebra, um “plano de acordo” para pôr as armas químicas sírias sob controlo internacional. O documento determina que o regime de Assad tem que fornecer um inventário do seu arsenal químico até o fim desta semana e entregar todos os componentes do seu programa até meados do próximo ano. O objectivo final é destruir as armas químicas da Síria.
O Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon qualificou na Segunda-feira passada (9 de Setembro), a utilização de armas químicas na Síria como “crimes de guerra”.