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O REVISOR no Grande Auditório do C. C. de Belém

O REVISOR no Grande Auditório do C. C. de Belém

O Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, é palco a 29 e 30 de Abril, da peça “REVISOR”, vencedora do Prémio Olivier, de Melhor Nova Produção de Dança de 2022.

Em o “Revisor”, o dramaturgo Jonathon Young e a coreógrafa Crystal Pite revisitam uma história cómica clássica para servir de base para a coreografia num autêntico híbrido de teatro e dança contemporânea. Os oito bailarinos da companhia Kidd Pivot incorporam o diálogo gravado por alguns dos melhores atores do Canadá, explorando o conflito, a comédia e a corrupção na potente relação entre a linguagem e o corpo.

Revisor é uma coprodução do The CanDance Network Creation Fund, Danse Danse, National Arts Centre, DanceHouse e Dance Victoria, e é apoiado pelo Canada Council for the Arts.

Escrito por Jonathon Young
Coreografia e direção Crystal Pite
Música original e desenho de som Owen Belton,
Alessandro Juliani e Meg Roe
Projeto cénico e conceito de luz Jay Gower Taylor
Figurinos Nancy Bryant
Desenho de luz Tom Visser
Assistente à criação Eric Beauchesne

Começamos com uma história antiga e bem conhecida sobre identidade trocada.

A história é baseada numa anedota que surgiu na Rússia em 1833 e rapidamente se espalhou. Agora é amplamente aceite como sendo provavelmente verdadeira. Em 1836, a história tomou forma numa peça de cinco atos. A peça estreou em São Petersburgo perante o Czar, que, segundo relatos, riu e aplaudiu, e terá dito: «Todas as pessoas percebem, principalmente eu!»

A peça estava disfarçada de comédia.

Sob o tema superficial da identidade trocada existiam temas mais profundos, como o engano, a tirania, a ganância e a corrupção. A cegueira intencional e a conivência. A burocracia e o formalismo. O sofrimento humano. A tempestade que se aproxima. A promessa de mudança. A deposição iminente. A salvação no horizonte. A retribuição ao virar da esquina. A justiça à porta. Existem testemunhos da resposta crítica de que sua chegada ao palco não foi bem-vinda; dizia-se que era pouco original, improvável, rude e vulgar. Transformou- -se numa anedota obsoleta que todos conheciam, numa farsa e as personagens eram meras caricaturas. Nada disto importava: a farsa sobre a identidade trocada rapidamente tomou o seu lugar como uma instituição nacional. Relatos indicam que o dramaturgo se enfureceu contra o «estilo untuoso, enjoativo e cómico» da produção original — um estilo que, no entanto, se tornou, durante décadas, a convenção. O dramaturgo insistiu que tinha sido mal interpretado e que o seu texto continha uma acusação moral urgente, uma alegoria religiosa e um retrato da alma universal no exílio.

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