As empresas de transporte turístico no Rio Douro, reclamam o “mau serviço” que a CP continua a prestar na linha do Douro”, com prejuízo para o setor de turismo fluvial e para a imagem da região.
Em comunicado dirigido às redações, três empresas de cruzeiros diários no rio Douro, “responsáveis por 85% do movimento registado neste segmento do turismo fluvial duriense em 2015”, afirmam que ao contrário da promessa da transportadora ferroviária, as “fragilidades operacionais” subsistem e os transtornos causados às pessoas e aos operadores turísticos, continuam a evidenciar uma “oferta insuficiente e desajustada da procura”.
Para estes operadores turísticos, “o serviço continua a ser mau, não se tendo registado quaisquer melhorias, ao contrário das promessas feitas publicamente pela própria CP, em comunicado de 12 de maio último”.
“Continua a haver ligações suprimidas em cima da hora, sobrelotação das carruagens, faltas de manutenção e avarias recorrentes do material circulante, falhas nos sistemas de ar condicionado, carruagens grafitadas (vidros incluídos) e o recurso reiterado a autocarros, que fazem por via terrestre o percurso que milhares de turistas antecipadamente escolheram fazer por ferrovia”.
As empresas Barcadouro, Rota do Douro e Tomaz do Douro, operadores marítimo-turísticos responsáveis por cerca de 85% dos cruzeiros diários realizados em 2015, na Via Navegável do Douro, que fariam transportar neste fim de semana, cerca de 1.400 turistas nos comboios da CP, viram mais uma vez a sua expetativas goradas.
Com a baixa de qualidade da CP naquela linha, “a alternativa volta a ser o transporte terrestre, o que nem todos os turistas aceitam e acarreta perdas não desprezáveis a três empresas que no ano passado compraram à CP mais de 750 mil euros em viagens de comboio”
Nesse sentido, as empresas “expressam a sua indignação pela falência das prometidas ‘soluções” adotadas (?) pela CP e pelo ‘reforço’ do material circulante previsto para a referida linha no pico da atividade turística, subsistindo uma oferta insuficiente e desajustada da procura e continuam as suspeitas de desvio de automotoras e carruagens desta para outras linhas, como terá acontecido neste fim-de-semana, com os “comboios especiais” entre Nine e Viana do Castelo”.
Para estas empresas que vão apresentar a situação junto das várias entidades com responsabilidades no setor fluvial, de transportes, de turismo e autarquias, “Só dotando a empresa a quem foi atribuído o serviço público ferroviário dos meios e condições necessários ao cumprimento da sua missão, em benefício das pessoas, da mobilidade territorial e da economia nacional, será possível continuar a promover e valorizar os produtos turísticos associados ao Douro”.