O Fórum Turismo Palmela debateu e partilhou conhecimento em torno do tema “As Ordens Religioso-Militares na Valorização dos Destinos Turísticos”.
No ano em que Palmela assinala 30 anos de investigação das Ordens Militares, a importância que o património histórico e cultural pode assumir no desenvolvimento turístico do território, foi uma ideia transversal às intervenções que tiveram lugar neste Fórum, que já é uma referência na agenda anual do concelho e da região.
Na sessão de abertura, o Vice-presidente do Município de Palmela, Adilo Costa, começou por referir que o trabalho municipal em torno das Ordens Militares levou o Município «a assumir o desafio de continuar a aprofundar a reflexão em torno do Património Cultural», tema já trabalhado em 2018, Ano Europeu do Património Cultural.
Adilo Costa recordou ainda que, nas últimas décadas, o Município de Palmela «tem incentivado a investigação, a produção de conhecimento e a publicação de uma extensa bibliografia sobre Ordens Militares, sendo considerado, internacionalmente, como uma referência neste campo».
Ao longo de vários séculos, e até à sua extinção (séc. XIX), Palmela foi sede histórica da Ordem Militar de Santiago. A presença dos freires-cavaleiros em Palmela deixou profundas marcas culturais, sociais e económicas no território, assim como um vasto e rico património, que tem vindo a ser investigado e valorizado por parte do Município de Palmela.
A par do trabalho desenvolvido noutros segmentos turísticos, como o enoturismo e o turismo de natureza, e tendo como elemento âncora o Castelo de Palmela – Monumento Nacional desde 1910 – Palmela tem vindo a apostar na valorização do seu património enquanto experiência turística.
Neste contexto, o vereador do Turismo, Luís Miguel Calha, frisou que um dos objetivos da estratégia municipal é, precisamente, «a criação de ativos turísticos a partir de recursos endógenos associados historicamente à Ordem de Santiago».
Sublinhando que «Palmela é um destino turístico com crescente notoriedade», Luís Miguel Calha destacou o forte investimento municipal na área do Turismo. Com 37 candidaturas a fundos comunitários e outros financiamentos externos em curso, que direta ou indiretamente estão ligados à atividade turística, um investimento global na ordem dos 21 milhões de euros, com investimento próprio de 12 milhões de euros, pela Câmara Municipal, o autarca destacou a intervenção nas encostas do Castelo de Palmela, assim como a criação de melhores acessibilidades, que vai permitir transformar este monumento num «exemplo ao nível das acessibilidades, bem como o Núcleo Museológico Ferroviário de Pinhal Novo».
No âmbito da programação cultural, a continuidade do projeto Almenara, em parceria com o Município de Lisboa, vai assegurar a dinamização de iniciativas culturais que potenciam o conhecimento da história do Castelo de Palmela.
Para além destas e outras ações que têm vindo a consolidar a vocação turística do concelho de Palmela, a Câmara Municipal, numa lógica de trabalho conjunto com parceiros e agentes turísticos locais, está empenhada em continuar a acrescentar valor à oferta turística. Nesta senda, está o desenvolvimento de novas produtos turísticos em torno do Caminho de Santiago e «o lançamento de uma rota turística cultural em torno das Ordens Religioso Militares», um desafio que o Município de Palmela irá propor a outros territórios.
O Fórum Turismo Palmela contou também com as intervenções de representantes das Câmaras Municipais de Serpa, Tomar, Avis e Aracena, Universidade Nova de Lisboa, Direção-Geral do Património Cultural, Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Museu Municipal do Crato e Associação de Hotelaria de Portugal.