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"Papéis do Panamá" desmascaram políticos e criminosos
"Papéis do Panamá" desmascaram políticos e criminosos

“Papéis do Panamá” desmascaram políticos e criminosos

Os “Papéis do Panamá”, só vem confirmar a opinião generalizada sobre políticos e dirigentes, sentados em altos cargos, precisamente os mesmos que influenciam, ditam e assinam leis regulamentadoras, dirigidas á criminalização da corrupção, do enriquecimento ilícito, das mais diversas categorias da vigarice.

Os “Papéis do Panamá” só demonstram que a falta de carater e sentido de honra, desses dirigentes sem vergonha, não são um exclusivo do chamado terceiro mundo, ou de líderes dos cartéis mais criminosos que pululam no planeta.

O que os “Papéis do Panamá” nos anunciam como meia surpresa, é a descoberta de alguns dirigentes e personalidades que ainda imaginava-mos impolutos, dedicados à causa da administração e do bem público, mas que afinal, também se vendem facilmente à troca de prémios sujos ou comissões financeiras, lesando gravemente o seu próprio povo, com o inflacionar descarado dos custos de grandes obras ou de projetos marcados antecipadamente pelo fracasso, não sendo por isso, nada diferentes dos líderes dos gangs mais criminosos, que não olham a meios para atingir os seus fins.

Já é público que nos “Papéis do Panamá”, também há nomes de portugueses e instituições nacionais, inscritos nessa longa lista que deveria ser de desonra mundial. Nomes que não deverão surpreender, porque muito provavelmente, já serão conhecidos ou no mínimo, suspeitos de tais práticas por cá, gente sem caráter, sem sentido de honra, vendida ao cifrão, o símbolo maior da sua existência.

Mas como sempre, à exceção do primeiro ministro da Islândia, ninguém vai ser acusado ou alvo de consequências pelos crimes cometidos, porque como todos sabemos, o crime por ato ilícito ao nível das altas “esferas” do poder, na política e na economia, salvo raras exceções por conveniência de alguém, não é criminalizado.

Neste país plantado à beira mar, na ponta desta península, de tão antiga tradição, onde os homens se apresentavam em tempos, de corda ao pescoço quando se consideravam desonrados, já só o ladrão de galinhas ou o agarrado que furta na via pública, é que são condenados, os outros habitualmente protegidos, passeiam-se livremente pelas nossas calçadas, ou se a coisa aquece, viajam tranquilamente para o Brasil.

Carlos Santomor

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