As manifestações pela liberdade de expressão e contra o terrorismo, que se realizaram este domingo em Paris, reuniram um número próximo do milhão e meio de participantes, entre os quais se encontravam mais de cinquenta chefes de estado e de governo, mesmo alguns improváveis, que se deslocaram propositadameente à capital francesa, para dizerem presente na defesa da democracia.
Angela Merkel, David Cameron, Erik Holder o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Sergei Lavrov ministro dos negócios estrangeiros da Rússia, Mariano Rajoy de Espanha, Petro Poroshenko presidente da Ucrânia, Benjamin Netanyahu de Israel e Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, foram algumas das personalidades presentes.
Apesar de não terem completado os três quilómetros que estavam inicialmente previstos, por razões de segurança, a presença dos diversos líderes, contou pelo significado e símbolismo, naquela que foi a homenagem às vítimas dos ataques da semana mais negra, das últimas décadas em Paris.
Segundo as agências, na totalidade deverão ter sido mais de 3,5 milhões de cidadãos a saír à rua nas diferentes manifestações que tiveram lugar por toda a França, a que se associaram as principais capitais mundiais, como sucedeu em Lisboa, onde se reuniram algumas centenas de cidadãos, pelo movimeto “Je Suis Charlie”.
As repercursões dos ataques do terrorismo à redação do ‘Charlie Ebdo’ e tudo o que se lhe seguiu até à morte dos reféns no supermercado em Paris, obrigaram o governo francês a assumir medidas de emergência, no âmbito do estado de alerta, que continua instalado na Capital francesa.
Como medidade de prevenção, as escolas e interesses judaicos, redações de jornais, instituições e outros espaços catalogados de risco, estão a ser alvo de proteção especial, por um contigente que segundo o Ministro do Interior Francês, mobiliza milhares de polícias, militares e outros agentes da autoridade.
