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População ativa e emprego em máximos históricos

População ativa e emprego em máximos históricos

Os dados estatísticos do INE, do IEFP e da Segurança Social, relativos ao à população ativa, no mês de fevereiro, foram analizados pela Randstad Portugal, concluindo que o número de pessoas empregadas continuam a bater recordes.

Os dados do INE mostram que em fevereiro, face ao mês homólogo, o número de pessoas empregadas registou um aumento de 2,2 % (mais 111.300 profissionais), enquanto a população ativa cresceu 2,1% (115.800 pessoas), superando os 5,5 milhões de pessoas ativas.

Se a comparação for face ao mês de janeiro, as variações mantêm-se estáveis: registou-se um ligeiro aumento do emprego (mais 2.100 pessoas) e também da população ativa (7.000 pessoas).

Quanto ao desemprego, os dados do INE apontam para uma taxa de 6,4% em fevereiro, mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior e menos 0,1 p.p. relativamente ao mês homólogo.

Em fevereiro, o ligeiro aumento do desemprego foi sentido em todos os principais grupos populacionais. O número de jovens desempregados (dos 16 aos 24 anos) subiu em 2.300 pessoas face ao mês anterior (2,9%), enquanto entre os adultos (dos 25 aos 74 anos) o aumento foi de 2.500 pessoas (0,9%). Comparando com o mesmo mês do ano anterior, mantém-se a tendência: o desemprego cresceu entre os homens (7,9%) e entre os adultos (3,3%). Por outro lado, registou-se uma diminuição entre as mulheres (4,3%) e entre os jovens (4,9%).

Desemprego registado nos Centros de Emprego diminui em janeiro

Para completar esta análise, a Randstad analisou também os dados do IEFP. Nesta análise ao desemprego registado nos Centros de Emprego, tanto os pedidos de emprego como o número de desempregados registados mostraram uma queda face a janeiro de 0,8% e 0,3%, respetivamente. O desemprego registado diminuiu em todas as regiões, principalmente em Lisboa (3,3%) e no Norte (2,3%).

Já observando o período homólogo, a tendência inverte-se, verificando-se um aumento tanto nos pedidos de emprego (0,2%) como no número de pessoas desempregadas (2,3%). Esta tendência foi comum a praticamente todas as regiões do país, sendo a região Norte, a área Metropolitana de Lisboa e a região Centro aquelas onde o crescimento homólogo do desemprego registado foi mais acentuado.

No que diz respeito às remunerações por trabalho dependente, o valor médio registado em janeiro, de acordo com as declarações das entidades empregadoras à Segurança Social, foi de 1.478,50€, mais 4,2% face a janeiro de 2024. Comparado com dezembro, este valor teve uma queda de 12,7%, influenciado pelos subsídios de Natal.

Quase um terço dos desempregados no Alentejo não completaram nenhum nível de instrução

Este mês, a análise da Randstad Research, incidiu sobre o nível de instrução dos desempregados nas diferentes regiões do país. A nível nacional, 8,7% dos desempregados registados não completaram nenhum nível de instrução. No entanto, na região do Alentejo, essa percentagem atinge 31,4%, um valor consideravelmente superior à média nacional. Em contraste, na região Norte, apesar de apresentar o maior número de desempregados em termos absolutos, apenas 4,6% não completaram qualquer nível de instrução. Este valor atinge os 8,5% no Centro e 10% na Região de Lisboa e Vale do Tejo.

Na análise de Isabel Roseiro, diretora de Marketing da Randstad Portugal, “as discrepâncias nos níveis de instrução por região do país apresentam uma tendência desafiante. Esta disparidade revela não só as desigualdades regionais, mas também a urgência em promover a qualificação da população ativa, sobretudo em regiões onde a falta de formação limita o acesso a empregos qualificados e agrava o risco de desemprego de longa duração.”
Estes e outros indicadores podem ser analisados em maior detalhe no documento em anexo.

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