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Portugal é atrativo para nearshoring na indústria

Portugal é atrativo para nearshoring na indústria

O estudo Savills Impacts 2022, revela que Portugal pode vir a afirmar-se como uma das principais alternativas para a deslocalização de indústrias.

Segundo o “Impacts” o estudo da Savills que analisa as grandes tendências no imobiliário à escala global, Portugal é o segundo país mais atrativo para instalar indústrias numa lógica de nearshoring, apenas atrás da República Checa e à frente de Economias como Áustria, Taiwan, Reino Unido, Japão, Canadá, Finlândia, Polónia ou Suécia.

A pandemia, as tensões geopolíticas e a crescente importância da sustentabilidade para os consumidores estão a mudar a forma como a sociedade pensa sobre a globalização e as cadeias de abastecimento que foram previamente organizadas para minimizar custos”, revela o estudo da Savills.

Os investidores nos mercados financeiros procuram cada vez mais empresas com bons critérios de Sustentabilidade, o que está a pressionar os fabricantes para melhorar seu desempenho ESG e forçá-los a reconsiderar as cadeias de abastecimento. Uma das consequências é aumentar a produção para locais mais próximos dos locais de consumo, o nearshoring, em detrimento do modelo seguido nos últimos anos de produção offshoring, onde os custos de mão de obra são mais baixos mas onde os critérios ESG são ainda muito baixos.

A Covid-19 demonstrou que uma cadeia de abastecimento complexa e dispersa pode ser interrompida, enquanto a invasão russa da Ucrânia pode, nas palavras do FMI, “alterar fundamentalmente a ordem económica e geopolítica” a longo prazo.

A reconexão com as cadeias de abastecimento nacionais e regionais parece agora mais importante do que nunca. Segundo Pedro Figueiras, Associate Director de Industrial e Logística da Savills, «Portugal tem feito um caminho muito relevante nas diferentes vertentes ESG, o que a par com outros parâmetros levam a sermos neste momento uma das melhores alternativas para deslocalizar investimentos na indústria». Pedro Figueiras reforça que «o segmento de Logística já estava a assistir a um forte crescimento de investimento. Também na área da indústria há um interesse cada vez maior, tendência que esperamos que se mantenha, o que serão excelentes notícias para o nosso país».

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