As tecnologias evoluem a um ritmo vertiginoso, a Inteligência Artificial substitui tarefas que costumávamos fazer, e o Mundo avança no sentido da híper comunicabilidade. O Conservatório de Música e Artes do Dão e AMAD – Associação de Música e Artes do Dão apresentam: Um Musical que nos obriga a parar. E pensar.
Casa da Cultura de Santa Comba Dão 11 a 13 de julho de 2025
Um Mundo onde estamos cada vez mais expostos, mais sonoros, onde asopiniões, discursos, notícias, acontecimentos, informações circulam a uma velocidade tremenda, e onde as máquinas se propõe a fazer coisas por nós: escrever por nós, responder por nós, pensar por nós… Porque será então que dá a sensação de que estamos cada vez mais isolados, mais sozinhos, mais confusos, menos livres?
Nos últimos tempos parecem faltar palavras para compreender e discutir o universo de relações virtuais que passámos a habitar. Estamos rodeados de imagens, informações, vídeos, e no entanto, mas começam a faltar palavras para discutir o que tudo isto nos faz sentir. E esta falta de Palavras é não só metafórica, mas também concreta.
Há bem pouco tempo foi noticiado que a administração de Donald Trump começou a limitar ou proibir o uso de centenas de palavras e expressões em agências federais dos Estados Unidos da América, incluindo termos relacionados com género, diversidade, inclusão e saúde.
Documentos governamentais ordenaram a remoção de palavras e expressões de sites oficiais ou a eliminação total de
materiais como os escolares. Palavras como: Mulher, incapacidade, ativismo, antirracismo, designado como homem/mulher à nascença, crise climática, discriminação, diversidade… O que acontece ao nosso pensamento se deixamos de ter as ferramentas de que precisamos para nos pensarmos: as palavras. O que aconteceria se nos roubassem palavras como: sentir, contestar, mudar, tentar, falhar, amar?
Ainda seríamos os mesmos? Ainda seríamos humanos?
Num tempo não muito longe daqui, num lugar dominado pelo fascínio e delírio virtual, as pessoas são confrontadas com um desconcertante acontecimento: todas sonham as mesmas coisas, com as mesmas imagens, e as mesmas palavras. Depois de instalarem uma aplicação altamente popular, um grupo de hackers invadem o lugar onde nunca ninguém imaginaria poder ser assaltado: o interior dos sonhos. O que acontece se todos sonharem a mesma coisa, pensarem da mesma forma, despertam da mesma maneira. Serão ainda humanos? Ou ter-se-ão transformado em máquinas, tal como os seus smartphones?
Será que temos resposta para isso? Teríamos de conversar… Mas por enquanto…
PROCURAM-SE PALAVRAS.
Sessões:
• Sexta-feira, 11 de julho | 21h30
• Sábado, 12 de julho | 18h00 e 21h30
• Domingo, 13 de julho | 15h00 e 19h00
Bilhetes à venda em: https://ccscd.bol.pt
Preço: 12€
Ficha Artística:
• Texto: Ana do Vale Lázaro
• Encenação: Rafael Barreto
• Composição e Direção Musical: Artur Guimarães
• Coreografia: Catarina Alves
• Cenografia: Carlos Neves
• Figurinos: Joana Machado
• Design/Ilustração: Filipa M. Cunha