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Projeto Manicómio expõe “Incómodo” em Faro

Projeto Manicómio expõe "Incómodo" em Faro

Projeto Manicómio expõe "Incómodo" em Faro

Artistas do projeto “Manicómio” assinam os trabalhos de arte contemporânea presentes na exposição “Incómodo”, que vai estar patente no Museu Municipal de Faro, de 25 de julho a 30 de agosto.

Organizada em parceria pelo projeto “Manicómio” e pelo Município de Faro, esta mostra, cuja inauguração está marcada para as 18h00 do próximo dia 25 de julho (sábado), reúne obras de pintura e escultura/cerâmica que refletem anos de arte insubordinada, incómoda e criativa.

O público poderá ver obras dos artistas Cláudia R. Sampaio, Bráulio, Anabela Soares e Joana Ramalho, que refletem a criação como um ato de reflexão e transformação.

Sandro Resende, do projeto Manicómio, realça: “Cada vez mais e só assim faz sentido, recolher o valor destes artistas como artistas que o são. Incómodo mostra a capacidade estética e criativa de uma arte sem medo e sem imposição social e mercantil.”

Marco Lopes, diretor do Museu Municipal de Faro, destaca por seu lado “ A lição inspiradora deste projeto, que fala abertamente e sem tabus dos seus intervenientes, que vence medos e angústias do consciente humano, que admira a arte sem qualquer tipo de preconceito. É mais uma exposição de arte contemporânea na capela do Museu, que convida à reflexão da sociedade dos nossos dias, do poder da arte e também do empreendedorismo cultural, em que o projeto Manicómio e a sua equipa têm sido uma referência. “

A exposição poderá ser visitada até final do mês de agosto, de terça a sexta, das 10:00 às 18:00 e sábados e domingos, das 10:30 às 17:00. O acesso será limitado a 20 pessoas e com restrições do ponto de vista da segurança.

Sobre o projecto Manicómio

Primeiro espaço de criação de arte em Portugal que promove trabalhos de artistas com experiência de doença mental. Nasceu em março de 2019, no Beato, com o principal objetivo de desmistificar o estigma associado à doença mental, incentivar a empregabilidade dos doentes e promover a sua inclusão social. Foi pensado por Sandro Resende e José Azevedo, fundadores da Associação de Desenvolvimento Criativo e Artístico P28, onde dão aulas de artes plásticas a doentes do Hospital Júlio de Matos, também em Lisboa. O trabalho resultou em várias exposições que uniram artistas com doenças mentais, a nomes consagrados do meio, tanto portugueses como internacionais. Foi o caso de Emir Kusturica, Pedro Cabrita Reis, Jeff Koons e Jorge Molder.

O Manicómio tem conquistado espaço com o seu conceito artístico e também junto daqueles que se debatem com problemas mentais e procuram, mais do que uma terapia, a liberdade de acomodarem a vida ao seu próprio ritmo. Sem horários a cumprir, o Manicómio oferece liberdade. A maior terapia.

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