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PUPILOS DO EXÉRCITO – CRIAR CIDADÃOS ÚTEIS À PÁTRIA

Americo ferreira

Américo Ferreira

Nunca, como nos dias de hoje, se justifica tanto que o nosso olhar para a sociedade deva ser um olhar de integração, de procura de soluções, de optimização de meios. A situação de crise generalizada leva a que muitos de nós tenhamos de cortar em despesas e de rever alguns hábitos, algumas formas de viver que, até há bem pouco tempo, se davam como adquiridas.

O mesmo se passa com o universo das instituições. E nesse grande e imenso universo de gabinetes, de secretarias, de fundações, de empresas públicas, etc., etc., mais uma vez surge uma nuvem negra sobre os Pupilos do Exército.

O Ministro da Defesa criou um grupo para equacionar o futuro dos estabelecimentos militares de ensino. Mais uma vez, o olhar cai especialmente sobre a “nossa” escola.

Compreendemos, mais que ninguém, pois fomos educados numa vertente profissional, que na Sociedade Portuguesa há que optimizar meios, que lutar contra o desperdício, e que tentar conter muito da sangria de recursos que claramente andava a ser feita há dezenas de anos.

Mas há que ter a clareza de ideias para compreender que não é no corte cego que se reduz a despesa. Ela pode surgir como solução para o imediato, mas tem um preço muito caro na construção do futuro.

Quantos não foram já os pensadores, dos mais variados quadrantes ideológicos, a afirmar que é na Educação que um povo semeia o seu futuro? Ora, em muito devemos cortar, mas não na educação, especialmente na de cariz profissionalizante.

Tanto se fala hoje de que temos no desemprego a mais bem qualificada geração de sempre, mas falta saber se as qualificações, efectivamente, resultam numa nova atitude de “saber-fazer”, de empreender.

Nesse sentido, a Direcção da APE (Associação dos Pupilos do Exército), em coordenação com a Direcção do IPE (Instituto dos Pupilos do Exército), fez chegar ao referido grupo de trabalho, assim como às entidades que tutelam, quer o Instituto, quer as áreas onde o Instituto é relevante, um documento onde se apontam as linhas do que pode ser uma verdadeira optimização que não passe pela destruição.

Reunindo as boas-vontades de alguns “pilões” (nome dado aos alunos e antigos alunos) elaborou-se um documento de trabalho que analisa o actual quadro, indo buscar as mais-valias da nossa escola, potenciando-as. O projecto de ensino profissional não está esgotado, antes pelo contrário. A forma vanguardista com que foi sendo retomado ao longo da História, actualizou-se, de tal forma que hoje tem mais de 80 candidatos para o próximo ano lectivo!

Recordo sempre a magistral máxima do Decreto de 25 de Maio de 1911 (decreto que cria o Instituto dos Pupilos do Exército, pelo General António Xavier Correia): “Há que criar cidadãos úteis à Pátria”.

A função social e educativa dos Pupilos do Exército está em contínua actualização. Basta procurar as vias da rentabilização económica, deixando o projecto educativo trilhar o seu caminho. Foi esse o “trabalho de casa” que fizemos, mostrando-o a quem de direito.

O regresso das inscrições em número muito assaz interessante é o sinal, a marca, o fruto, que já se colhe com a nova dinâmica lançada no IPE nos últimos anos. É a prova de que a nossa escola está no bom caminho.

Por: Américo Ferreira
“escreve sem acordo ortográfico”

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