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Quatro estudantes ativistas em tribunal na 3ªfeira

Quatro estudantes ativistas em tribunal na 3ªfeira

Os quatro estudantes detidos na noite de 11 de Novembro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa na ocupação do movimento “Fim ao Fóssil – Ocupa!” vão ser presentes esta terça feira, a juiz no Campus de Justiça acusados de desobediência civil.

Este ativistas faziam parte do núcleo local da Faculdade de Letras do movimento “Fim ao Fóssil – Ocupa!”, que ocupou 2 escolas secundárias e 4 faculdades com as reivindicações nacionais de fim aos combustíveis fósseis até 2030 e fim aos fósseis no governo com a demissão de António Costa e Silva, ministro da Economia e do Mar. Os estudantes iniciaram a ocupação no dia 7 de Novembro e ao longo da semana realizaram várias atividades pacíficas de protesto, de socialização e de aprendizagem, como uma cantina grátis ou rodas de debate.

Na noite de 11 de Novembro, o diretor da Faculdade chamou a polícia para retirar os estudantes à força. Foram detidos durante várias horas e libertados de madrugada. Na semana seguinte, apresentaram-se em tribunal e recusaram a suspensão provisória do processo oferecida pelo Ministério Público. Ana Carvalho, uma das porta-vozes, afirma: “Não podemos deixar que este caso seja varrido para debaixo do tapete. Esta discussão está longe de terminar. Lutar pelo clima não é crime, e a entrada da polícia na faculdade para remover à força um protesto pacífico pelo futuro de todos é inaceitável”. Amanhã, terça-feira, serão ouvidas as testemunhas de ambos os lados, entre as quais professores e colegas dos arguidos presentes na noite de dia 11.

A repressão sofrida pelo protesto pacífico pelo fim aos combustíveis fósseis gerou uma onda de indignação pública. A Greve Climática de Lisboa lançou a campanha digital “Não Estão Sozinhas”, que conta já com mais de 30 mensagens de apoio às arguidas do processo, entre as quais ativistas de países como Espanha, República Checa e Reino Unido que participaram nas ocupações pelo fim ao fóssil. Dos vários países europeus em que o movimento “End Fossil: Occupy!” teve expressão, Portugal foi o único em que os ativistas foram acusados de algum crime.

Há uma concentração de solidariedade marcada para amanhã às 14h no Campus de Justiça, no edifício F. Entre os participantes contam-se Francisco Pedro e Inês Teles, ambos ativistas pela justiça climática a enfrentarem a justiça portuguesa, o primeiro por ter interrompido o primeiro-ministro contra a construção do novo aeroporto. Foi convocada também uma ação de solidariedade com as ativistas no Porto, às 17h30 na Reitoria da Universidade do Porto .

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