No âmbito da elaboração do Plano de Ação do Ruído de Lisboa, cujo período de consulta pública decorre até 28 de janeiro, a Câmara Municipal de Lisboa organizou, dia 9 de janeiro, no Centro de Informação Urbana de Lisboa, uma sessão pública para apresentação da proposta do Plano.
Segundo a informação divulgada pelo Municipio, o encontro, entre técnicos da autarquia e o público, pretendeu recolher contributos para a “melhoria contínua do Plano”, como salientaram os responsáveis da autarquia, que identificaram o trafego rodoviário como a “principal fonte de ruído na cidade de Lisboa”.
De acordo com o Regulamento Geral do Ruído as entidades gestoras de grandes infra estruturas de transporte rodoviário são responsáveis pela elaboração de mapas estratégicos e planos de ação, nos termos do disposto do Decreto-lei 146/2006 de 31 de julho.
No caso de Lisboa, são consideradas grandes infra estruturas de transporte rodoviário (6.000.000 veículos por ano) a A5, gerida pela Brisa, o IP7 e o IC17, geridos pela Estradas de Portugal e a Ponte 25 de Abril gerida pela Lusoponte.
Numa cidade em que “33 mil pessoas se encontram expostas a níveis de ruído acima do limite legal”, de acordo com os estudos realizados pela Câmara de Lisboa, as acções previstas no Plano obrigarão a um investimento de cerca de 9 milhões de euros, dividido por três fases, abrangendo um total de 29 “zonas prioritárias de intervenção”.
O Plano, considera ainda que as medidas agora apresentadas, poderão ter “um impacte positivo não apenas nos encargos das famílias mas ainda nos custos da administração central em despesas relacionadas com saúde e apoios sociais”.