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Saiba como se preparar para o fim das moratórias

Saiba como se deve preparar para o fim das moratórias

As moratórias que se apresentaram como uma bóia de salvação para muitos orçamentos familiares estão perto do fim. No caso dos créditos pessoais, esse fim chegará a 31 de junho deste ano, fazendo com que muitos agregados familiares tenham que, uma vez mais vez, agarrar nas suas calculadoras e “fazer contas à vida”.

O que se seguirá ao fim das moratórias de crédito não será fácil, mas como diz o ditado popular, “o seguro morreu de velho”, e, portanto, há que antecipar cenários e colocar em marcha um plano de poupança que permita mitigar o impacto das mensalidades do ou dos créditos no seu orçamento familiar.
Para que não faça este caminho das pedras sozinho, nós damos-lhe uma mão. Ao longo de quatro pontos vamos ajuda-lo a preparar-se para o pós-moratórias.

Consolide os seus créditos

No caso de ter contraído vários créditos e o fim das moratórias promete estrangular o seu orçamento mensal, a solução ideal passa por um crédito consolidado ou, em mais prosaicas palavras, juntar todos os créditos num só.

Antes, contudo, de partir para a consolidação dos seus créditos há um elemento que deve ter em conta: a sua taxa de esforço.

Esta taxa, percentagem do rendimento total do agregado familiar destinado ao pagamento das prestações de créditos, não deverá ser superior a 33%. Caso, no final de junho, preveja que a sua taxa de esforço ultrapasse este valor, é sinal que deve começar a pensar em juntar os créditos num crédito consolidado.
Por exemplo, o rendimento líquido total do casal Pedro e Rita é de 2200 euros, mas já somam 41 mil euros em dívida decorrente de créditos contraídos com prestações mensais no valor total de 1200 euros.
Calculada a taxa de esforço (Encargos financeiros / Rendimento Líquido Total do Agregado) x 100), chegamos a uma percentagem de 54,54%.

Como urge diminuir o peso destes créditos no seu orçamento mensal, este casal decide procurar um crédito consolidado na Internet. Pararam na página do Unibanco.

Aí encontram um simulador que lhes permite, passe a redundância, efetuar uma simulação de crédito consolidado de modo a calcular o valor de prestação mensal a pagar por 41 mil euros (o valor total a amortizar) em 84 meses.

Feitas as contas, o simulador dá-lhes o resultado de 717,20 euros. Em termos de taxa de esforço, isto significa que, caso adquirem o crédito consolidado Unibanco, a percentagem baixará dos 54,54% para 32,6%.
Como a consolidação de créditos não obriga a que se peça o montante exato em dívida dos créditos anteriores, o requerente pode requisitar um valor mais alto e ficar com dinheiro extra para compras essenciais ou como fundo de maneio.

A simulação apresentada diz respeito a um financiamento de €41.000 a pagar em 84 mensalidades de €717,20. TAN 11,25% e TAEG 13,3%. MTIC €61.327,24.

Comunique atempadamente uma possível dificuldade de pagamento

Antecipar e comunicar à instituição financeira responsável potenciais dificuldades de pagamento decorrentes do fim das moratórias é um passo importante na resolução do problema. Estas situações estão previstas, com ou sem moratórias, e dão ao cliente uma rede de apoio onde é possível obter informação, aconselhamento e acompanhamento para situações relacionadas com o risco de sobreendividamento.

Controle as despesas diárias e faça orçamentos mensais

Verifique as suas despesas todos os dias. É uma forma de controlar o dinheiro que gasta e eliminar gastos supérfluos. Pode, por exemplo, começar a colocar de parte um mínimo dos seus rendimentos no início de cada mês ou racionalizar e adiar, quando possível, algumas compras.

Se é possível abdicar de muitos produtos, a verdade é que há outros de que não podemos dispensar. Antes da compra compare o preço do mesmo produto nas diferentes marcas e estabelecimentos comerciais.
À comparação de preços procure juntar artigos que se encontrem em promoção ou que possam estar sujeitos a desconto. Perguntar não custa e a carteira agradece.

Ao elencar tudo isto num orçamento mensal (e segui-lo escrupulosamente) estará a racionalizar o dinheiro que possui e a estabelecer limites de despesa.

Reavalie e renegoceie contratos

Caso possua um crédito à habitação, repare no seu extrato e veja qual o spread que o banco lhe está a cobrar. Se o valor for superior a 1,5%, chegou a hora de renegociar.

O mesmo acontece para os seus serviços de comunicações e contratos de energia e gás. Avalie o seu consumo de televisão, telemóvel e Internet, por forma a renegociar o seu pacote de telecomunicações para uma solução mais ajustada e vantajosa.

Se entende que está a pagar demais pela eletricidade ou pelo gás, recorra a um simulador de preços de energia para comparar os preços da eletricidade e do gás natural nos diversos fornecedores.

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