O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou na apresentação do estudo da CIP, a Confederação Empresarial de Portugal, sobre as consequências económicas da saída do Reino Unido da União Europeia, “que todos perderemos com o Brexit”.
Para o Ministro, importa “proceder de forma a que os seus efeitos sejam o menos negativos possível, através de uma saída acordada e ordenada”, baseada no acordo que está ainda a ser negociado. Tanto Portugal como a União Europeia tudo têm feito para assegurar esse acordo”, que segundo o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, está “muito perto” de ser alcançado.
Depois de obtido o acordo, “seguir-se-á a negociação da futura relação económica e comercial da União Europeia com o Reino Unido que passará por um acordo de comércio livre e de investimento”.
“O acordo que queremos”, afirmou, é um “que reduza tudo o que puder reduzir em matéria de tarifas, em matéria de barreiras não alfandegárias, e promova tudo o que poder promover em matéria de circulação de serviços e de abertura de mercados públicos”.
Depois de estabelecida a relação económica futura, será negociado um acordo político bilateral que, dada a ligação história e presente muito profunda, demoraria poucos dias a acertar.
Para o governante, “este acordo deve evitar qualquer barreira à circulação e consagrar, salvaguarda integral dos direitos dos residentes e o aproveitamento do potencial das comunidades portuguesa no Reino Unido e britânica em Portugal, mobilizando, designadamente, afinidades como países atlânticos e muito antigos aliados”.
Santos Silva destacou ainda a importância de o acordo bilateral incluir a manutenção da cooperação em matéria de segurança e de defesa.