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Trabalho temporário recupera em 2022

Trabalho temporário recupera em 2022

Em 2022 houve um total de 416.419 colocações de trabalho temporário, o que representa um crescimento global de +7% em comparação com 2021, quando se registaram 388.235 contratações anuais. Relativamente ao índice de Trabalho Temporário, este continuou a diminuir progressivamente e estabilizou no último trimestre de 2022, aproximando-se de 1 (o que significa que o número de contratos foi mais semelhante aos do mesmo trimestre de 2021).

O Barómetro do Trabalho Temporário divulgado pela APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos e do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) relativo aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2022, bem como a análise global de 2022, concluiu que:

· Verifica-se uma estabilização nas colocações de trabalho temporário no 4º trimestre de 2022, face ao mesmo período de 2021, com ligeiros aumentos de mais 3.276 pessoas em outubro (+9%); 1.387 pessoas em novembro (+4%) e 1.228 pessoas em dezembro (+4%).

· No total, o aumento no número de colocações no 4º trimestre de 2022 face ao mesmo período do ano anterior foi de +5,9% (98.794 em 2021 vs 104.685 em 2022). No entanto, existe no 4º trimestre uma diminuição de -3,4% relativamente às colocações do trimestre anterior (107.976), o que pode ser explicado pela contratação sazonal no verão.

· O Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), que tinha vindo a subir desde janeiro (após quebras constantes desde maio do ano passado), no mês de outubro sobe ligeiramente fixando-se em 1,09. No entanto, volta a descer ligeiramente e estabiliza nos últimos dois meses de 2022, fixando-se em 1,04. No 4º trimestre de 2022, novembro é o único mês em que os valores do índice registado são inferiores, comparativamente ao período homólogo.

· Relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, verifica-se uma ligeira diminuição da contratação de trabalhadoras do género feminino em novembro (45,7%) e dezembro (45,4%). Por outro lado, o mês de em outubro apresenta um aumento da contratação de trabalhadores do género feminino (46,3%).

· Ao nível da distribuição etária, entre 27% a 28% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos, no último trimestre do ano.

· O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (63% a 64% no último trimestre do ano 2022). Segue-se o ensino secundário (cerca de 29%).

· As empresas de “Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” continuam em primeiro lugar no último trimestre de 2021 (cerca de 12%). Já as empresas de “Fornecimento de refeições para eventos e outras atividades” assumem o segundo lugar nos setores de atividade do Trabalho Temporário, no mês de novembro e dezembro (representando cerca de 8% a 9%). Por outro lado, no mês de outubro são as empresas de “Atividades de serviços de apoio prestados às empresas” que alcançam o segundo lugar (8%).

· Na distribuição do trabalho temporário por principais profissões, no 4º trimestre de 2022 destacam-se as “Outras profissões elementares” (entre 26% e 29%), seguindo-se os “Empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes” (entre 17% e 18%). Em terceiro lugar estão os “Trabalhadores não qualificados da indústria transformadora” (entre 9% e 10%).

Afonso Carvalho, presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH), reforça que “A evolução global do número de contratações em 2022 é muito positiva e Portugal está em linha com a recuperação que alguns dos países europeus têm protagonizado. Os últimos dois anos foram muito impactados pela pandemia, mas neste momento podemos afirmar que grande parte dos nossos associados já está em níveis pré-pandemia. Assim, não é de estranhar que o número de trabalhadores contratados em 2022 tenha aumentado consideravelmente, apesar de neste último trimestre verificarmos uma estabilização, em relação aos anteriores. É igualmente importante reforçar que o barómetro continua a apontar o trabalho temporário como uma porta de entrada ou de reentrada no mercado de trabalho para trabalhadores com baixa escolaridade e idades acima dos 45 anos”.

Fonte: APESPE-RH

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