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Turismo Algarvio projeta consolidar resultados em 2018

Turismo Algarvio projeta consolidar resultados em 2018

A taxa de ocupação média das unidades hoteleiras e empreendimentos turísticos do Algarve em 2017, situou-se nos 65,5%, mais 2 por cento do que no ano anterior, tendo o volume de negócios subido 9,7%, taxas de ocupação médias ao nível das verificadas no virar do milénio. As expectativas para 2018 são de consolidação dos resultados.

Segundo a AHETA, os bons resultados alcançados devem-se, sobretudo ao aumento da procura do mercado alemão (+17,8%) e irlandês (6,1%) e, ao crescimento de todos os mercados externos com pouca expressão individual no volume total de dormidas, mas suficiente para compensar a grande descida do principal fornecedor de turistas, o Reino Unido (-8,6%).

O aumento dos pequenos mercados ex: Polónia, Suécia, Bélgica, Suíça, Itália, Dinamarca, Canadá, etc., aliado à subida ligeira da procura interna (+1,2%), permitiu que, pela primeira vez na história do turismo do Algarve, houvesse resultados positivos, apesar da quebra verificada no mercado britânico.

Exceptuando os hotéis de 5* (- 5,6%) e a zona de Loulé/Vilamoura/Quarteira/Vale do Lobo/Quinta do Lago (- 5,5%), todas as áreas geográficas do Algarve e todos os tipos de estabelecimentos melhoraram as ocupações médias durante o ano, tendo o volume de vendas crescido a um ritmo superior às ocupações, o que indicia uma recuperação dos preços praticados, muito afectados no passado pela grande crise económica mundial de 2008.

O RevPar – rendimento por quarto disponível, melhorou 12% para 53€, tendo as receitas brutas resultantes da facturação ascendido a mais de mil milhões de euros, dos quais cerca de 760 milhões dizem respeito a alojamento.

Os campos de golfe viram o número de voltas aumentar 5,3% para um total de 1.361 mil, uma subida na linha do que se verificou nos hotéis e empreendimentos turísticos.

Entre os aspectos que mais marcaram o ano turístico de 2017, salienta-se a desvalorização da libra, – 4% em 2017 e -15% desde o BREXIT, aumento do preço do Jet Fuel em 24% (+84% desde Janeiro de 2016), as falências da Monarch, a companhia de aviação e operadores turísticos do grupo, Lauda Air e Air Berlim, assim como os prejuízos causados directamente aos hoteleiros algarvios, consubstanciados em facturação vencida e não paga no montante de mais de 7 milhões de euros.

A falta generalizada de mão de obra continuou a influenciar, igualmente, de forma muito negativa o sector hoteleiro e turístico da região, constituindo um dos principais estrangulamentos da actividade turística na actualidade.

Por outro lado, os principais mercados concorrentes do Algarve, designadamente os que se localizam na bacia do mediterrâneo, como a Tunísia, o Egipto, a Turquia, a Grécia, a Croácia, a Eslovénia, o Montenegro, a Albânia, a Itália, Malta, Chipre, Côte D´Azur, Córsega, etc. registaram crescimentos turísticos muito assinaláveis, nomeadamente os países afectados por situações de instabilidade no passado, Tunísia, Turquia e Egipto.

O Alojamento Local alcançou um número de inscrições exponencial, atingindo as cerca de 118 mil camas e ultrapassando a oferta turística oficial (116 mil camas), continuando a crescer a um ritmo verdadeiramente notável de mais de 2 mil camas em cada mês.

Em resumo, O Algarve recebeu, em 2017, nos meios classificados oficialmente 4,2 milhões de turistas, dos quais 1,1 milhões foram nacionais, gerando um total aproximado de 20 milhões de dormidas.

Por outro lado, e considerando todos os meios de alojamento, classificados ou não, mais de 7,1 milhões de turistas, a que correspondem cerca de 35,7 milhões de dormidas, fazem do Algarve a maior e mais importante região turística nacional.

O Algarve foi, ainda, o principal contribuinte liquido para a rubrica “Viagens e Turismo” do País, cujo montante ascendeu a mais de 15 mil milhões de euros.

As perspectivas para o ano de 2018 são de consolidação, não sendo expectáveis aumentos nas taxas de ocupação, embora o volume de negócios possa crescer ligeiramente, induzido, sobretudo, pelo aumento dos preços verificado nos anos transactos.

A AHETA apela, vivamente, às entidades responsáveis alguma contenção na divulgação dos sucessos turísticos, n

a medida em que os resultados estatísticos globais não se reflectem de igual modo nas empresas, os números divulgados são provisórios e têm pouca sustentação técnica, sendo objecto de revisão e correcção posterior em baixa, incluindo os oriundos de departamentos oficiais com responsabilidades nestas áreas.

Esta situação vem gerando enorme confusão e descontentamento nos agentes económicos que não se revêm nos números anunciados, assim como junto de outras entidades públicas e privadas e população em geral.

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