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Venda de imóveis de empresas continua em alta

A Consultora CBRE estima que a alienação de ativos detidos por empresas e geralmente ocupados pelas mesmas, possa atingir os 20 mil milhões de euros em 2015

Segundo a consultora imobiliária o volume de negócios proveniente da venda de imóveis de empresas, em toda a Europa, mantém uma trajetória ascendente, de acordo com a mais recente análise da consultora.

A venda de ativos por parte de empresas continua a subir, motivada pela necessidade de financiar mudanças estratégicas e por uma crescente aceitação no mercado de estruturas financeiras inovadoras. Este fenómeno surge num momento em que o investimento imobiliário comercial na Europa deverá crescer pelo sexto ano consecutivo, após ter superado os 220 mil milhões de euros em 2014.

Richard Holberton, responsável pelo Research de ocupantes da CBRE EMEA, comenta propósito, que “Embora ainda existam alguns riscos de investimento associados à coesão da Zona Euro, e ao impacto de um crescimento mais lento na China e noutros mercados emergentes, o interesse por investimento imobiliário continua a ser elevado”.

“Apesar de a venda de imóveis por parte de empresas estar a aumentar em toda a Europa, a sua quota do mercado global está a ficar mais reduzida. Em 2008, no início do pico da crise financeira, as alienações corporativas representavam 18% do mercado total, ou seja aproximadamente 1 em cada 5 vendas. Este valor foi reduzido para metade o ano passado, para apenas 9%. Estes números brutos refletem uma tendência interessante que coloca em destaque uma maior procura por parte das empresas por contratos de arrendamento de curto prazo, em transações de sale and leaseback, devido à necessidade crítica de flexibilidade, ainda que isso possa reduzir o valor da transacção”, afirma o consultor.

Cristina Arouca, diretora de Research e Consultoria da CBRE Portugal refere que: “Em Portugal observamos também uma tendência por parte das empresas em alienarem o seu património. Os motivos variam entre objectivos de concentração no core-business da empresa, a necessidade de financiamento de estratégias de crescimento, o resultado de decisões de reestruturação ou equilíbrio do balanço financeiro. As principais transações verificam-se no sector do retalho, nomeadamente supermercados e agências bancárias, assim como no sector hoteleiro numa ótica de separação da propriedade da gestão do imóvel. A CBRE estima que as transações corporativas realizadas nos últimos dois anos, representem 10% do investimento efectuado em imobiliário comercial, à semelhança do que se passa atualmente, em média, no resto da Europa.

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