Foi lançado no sĂĄbado (23 / 16h00), no edifĂcio do ex-banco de Portugal (perto do Jardim LuĂs de CamĂ”es) o livro de evocação do centenĂĄrio do NĂșcleo de Leiria da Liga dos Combatentes, escrito por AcĂĄcio de Sousa e Ley Garcia.
Depois da apresentação do livro, foi inaugurada a exposição de pintura do Leiriense, Sousa Lopes, que retratou a guerra em quadros.
Sobre o livro
A Liga dos Combatentes, ao perfazer 100 anos de existĂȘncia, ostenta um valor incomum pela causa que lhe deu origem e sempre defendeu atĂ© hoje, ao honrar e apoiar todos aqueles que, em missĂ”es de conflito, responderam Ă chamada da PĂĄtria.
Leiria esteve desde a 1ÂȘ hora neste labor, coincidindo, assim, o centenĂĄrio da Liga com o centenĂĄrio do seu NĂșcleo, em Leiria. Esta Ă© a razĂŁo pela qual foi entendido pela atual direção em assinalar 100 anos de trabalho ĂĄrduo, muitas vezes com dificuldades inesperadas, mas que sempre foram sendo superadas graças Ă abnegação voluntariosa das direçÔes e ĂłrgĂŁos sociais, mas tambĂ©m de todos os voluntĂĄrios e associados que sempre disseram presente em qualquer momento que a Liga ou o NĂșcleo de Leiria os chamou.
Para alĂ©m de outras iniciativas notĂĄveis no que toca Ă reflexĂŁo e significado da Instituição, ou Ă s grandes referĂȘncias que a modelam, numa permanente agregação de vontades e de salutares convĂvios, tambĂ©m foi entendido fazer o registo da memĂłria da fundação do NĂșcleo, originalmente, a AgĂȘncia de Leiria da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, com os principais momentos de evolução apĂłs os tempos referentes a esse primeiro grande conflito mundial, tendo em vista outras Ă©pocas em que as nossas Forças Armadas e de Segurança foram chamadas a outros teatros de operaçÔes.
Ă esta publicação uma nota rigorosa do que tem sido a Liga dos Combatentes em Leiria e nĂŁo a sua HistĂłria exaustiva. Ela tem por objetivo constituir um registo do que foi a histĂłria do NĂșcleo de Leiria da Liga dos Combatentes nestes 100 anos, assim como deixar algumas reflexĂ”es que contribuam para garantir a perenidade da Liga dos Combatentes.
Assim, esta publicação foi organizada em duas partes fundamentais. A primeira parte Ă© o fruto de uma investigação da histĂłria deste NĂșcleo realizada por um dos autores, AcĂĄcio de Sousa, onde se descreve a histĂłria do mesmo fazendo a anĂĄlise do seu enquadramento social e polĂtico ao longo do tempo. A segunda parte Ă© a descrição das principais atividades do NĂșcleo, por parte do outro autor, Ley Garcia, que foi presidente da direção deste NĂșcleo durante sete anos, baseada numa pesquisa da documentação existente realizada, entre 2012 e 2014, pelo SecretĂĄrio da Direção (2010-2016), JoĂŁo Barbas, e pelos apontamentos mais recentes existentes no NĂșcleo, como artigos escritos para os jornais e relatĂłrios anuais de atividades.
Na 1ÂȘ parte desta publicação dissecam-se as origens, detetando uma organização com grandes exemplos de hombridade, mas tambĂ©m algumas fraquezas bem humanas. Vale quem empenhou o seu esforço e ora com encontros, ora com desencontros, a obra fez-se. Ă a verdade dos tempos que se quer, porque se quer honrar a memĂłria de quem lutou quando foi chamado a arriscar a vida, como de quem lutou na construção da Liga dos Combatentes e do NĂșcleo de Leiria. Nestes todos temos os sĂłcios Combatentes e as outras categorias de associados que estatutariamente tambĂ©m sempre enriqueceram a mesma.
Muito em particular para estas pesquisas, o trabalho de apoio, tanto do presidente do NĂșcleo, Coronel Norberto Serra, como do Tenente-coronel Ley Garcia, como ainda do Sargento-ajudante JoĂŁo Barbas foram imprescindĂveis. Como coautor deste trabalho, de presença nĂŁo diĂĄria no NĂșcleo, AcĂĄcio Sousa, deixo-lhes o meu agradecimento, assim como a todos aqueles que estiveram sempre disponĂveis, sem esquecer a Sr.ÂȘ Dona Fernanda SimĂ”es, o principal elemento de apoio Ă s direçÔes do NĂșcleo.
Na 2ÂȘ parte desta publicação, sĂŁo descritas as atividades mais significativas realizadas pelo NĂșcleo de Leiria da Liga dos Combatentes nestes 100 anos, sendo que a maior parte dos registos existentes abrangem as duas Ășltimas dĂ©cadas.
Nesta parte, a intenção Ă© descrever os factos registados, e atĂ© vividos na primeira pessoa pelo autor, no trabalho e no convĂvio, com os outros elementos das DireçÔes e demais ĂrgĂŁos Sociais, com os voluntĂĄrios, com os Combatentes e outros associados e familiares.
Sente que teve a oportunidade de aprender muito mais sobre a Grande Guerra, sobre a Guerra Colonial e, sobretudo, sobre os Combatentes. Desta forma aprendeu a admirĂĄ-los e a respeitĂĄ-los pelos valores que possuĂam e possuem: coragem, espĂrito de sacrifĂcio, abnegação, sentido do dever, disciplina, zelo pelo serviço, camaradagem, etc. Mas aprendeu a admirĂĄ-los nĂŁo sĂł pelo que fizeram pela PĂĄtria ao serviço das Forças Armadas ou das Forças de Segurança, mas tambĂ©m pelo que fizeram pelo paĂs com o seu trabalho nos campos, no mar, nas fĂĄbricas etc. E tambĂ©m ganhou maior admiração pelas mulheres que tiveram de trabalhar, ainda mais, durante a ausĂȘncia dos Combatentes na guerra e que muito contribuĂam para que Portugal tivesse tido um grande desenvolvimento no pĂłs 25 de abril de 1974.
Por isto, embora aqui se volte a fazer uma breve referĂȘncia Ă fundação do NĂșcleo e se descrevam, de uma forma muito geral, as atividades culturais e recreativas desenvolvidas pelo mesmo, a principal preocupação foi registar as atividades que melhor contribuem para dignificar os Combatentes e reconhecer o que fizeram ao serviço da PĂĄtria, como sejam as homenagens aos Combatentes, materializadas atravĂ©s da construção de monumentos, memoriais, talhĂ”es e ossĂĄrios de Combatentes.
Pela importĂąncia que tem e por ser um dos principais objetivos da Liga dos Combatentes, tambĂ©m se dĂĄ enfoque Ă s atividades de apoio material, social, mĂ©dico e psicolĂłgico prestados por este NĂșcleo.
Em cada uma das partes desta publicação tecem-se algumas reflexĂ”es, Ă laia de conclusĂŁo, sobre o que foi a histĂłria do NĂșcleo e, ainda, algumas reflexĂ”es sobre o que pode contribuir para garantir a atividade e a continuidade da Liga dos Combatentes.Os autores