Home » Municipios » MunicĂ­pio de Palmela reprova as contas da AMARSUL
MunicĂ­pio de Palmela reprova as contas da AMARSUL

MunicĂ­pio de Palmela reprova as contas da AMARSUL

A CĂąmara Municipal de Palmela votou contra o RelatĂłrio e Contas da AMARSUL, empresa gestora dos resĂ­duos sĂłlidos urbanos (RSU) dos MunicĂ­pios da PenĂ­nsula de SetĂșbal.

O aumento insuportĂĄvel da Taxa de GestĂŁo de ResĂ­duos (TGR) para 30€/ton, o aumento da tarifa de 2024 para 77,04€/ton, bem como os resultados negativos que tĂȘm vindo a ser apresentados pela empresa, apĂłs a sua privatização, em 2014, sĂŁo algumas das principais razĂ”es que levaram Palmela a opor-se ao exercĂ­cio de contas apresentado pela AMARSUL a 25 de março, na Assembleia Geral que reuniu os municĂ­pios acionistas.

Os aumentos previstos para as tarifas cobradas aos municĂ­pios e, consequentemente, a toda a população, muito superiores aos gastos operacionais da empresa, tornam-se, ainda, mais incompreensĂ­veis, nĂŁo sĂł, pelo momento da crise social e econĂłmica que o paĂ­s atravessa, mas, tambĂ©m, por configurarem um ataque sem precedentes aos municĂ­pios, Ă s famĂ­lias e Ă s empresas da regiĂŁo. Nesse sentido, o MunicĂ­pio de Palmela diz nĂŁo ao facto de serem sempre os mesmos a pagar – MunicĂ­pios e MunĂ­cipes.

Acrescem, contudo, outras razĂ”es, nĂŁo menos impactantes, que contribuĂ­ram para a tomada de posição do MunicĂ­pio, que foi acompanhado, na sua decisĂŁo, por outras autarquias da PenĂ­nsula, a saber, SetĂșbal, Sesimbra e Seixal:

– A degradação da qualidade do serviço, que colide com a imagem urbana e a salubridade que nĂŁo acompanham o aumento sucessivo das tarifas, aumentos que representam uma subida de cerca de 300% face a 2016;

– A ausĂȘncia de regular limpeza do que fica em volta dos ecopontos, situação que penaliza duplamente o municĂ­pio, uma vez que tem de efetuar a recolha com os seus prĂłprios meios, assumindo nĂŁo sĂł os custos que por inerĂȘncia sĂŁo da AMARSUL, como depois paga Ă  empresa pelo que entrega;

– O aumento do descontentamento e consequente aumento das reclamaçÔes pela desadequada periodicidade da recolha em vidrĂŁo e restantes ecopontos;

– O aumento de prazo de concessĂŁo atĂ© 2034;

– O facto do financiamento e a procura da sustentabilidade financeira da empresa serem feitos, essencialmente, Ă  custa dos aumentos das tarifas de deposição, quando sĂŁo “ignoradas” outras fontes de receita da empresa, como sĂŁo o caso da venda de energia e dos valores de contrapartida da venda dos reciclĂĄveis (estes Ășltimos nĂŁo sĂŁo atualizados desde 2018).

Palmela contesta, ainda, as opçÔes que tĂȘm vindo a ser tomadas pela AMARSUL no Ăąmbito da polĂ­tica de investimento, nomeadamente o atraso na implementação de ecocentro no concelho, infraestrutura indispensĂĄvel para dar resposta Ă  população e, tambĂ©m, a demora na implementação, sobretudo, na zona nascente do concelho, de projetos Porta-a-porta para comerciantes.

O MunicĂ­pio de Palmela, que sempre se opĂŽs ao processo de privatização da AMARSUL, reafirma a sua defesa por um serviço de gestĂŁo pĂșblica dos resĂ­duos, que tenha em conta a requalificação ambiental do territĂłrio. Defende, ainda, tarifas justas que garantam a acessibilidade econĂłmica a todas/os.

Palmela assume, deste modo, o compromisso, para com a população e empresas, de continuar a reivindicar medidas que melhorem a eficiĂȘncia e a qualidade de serviços prestados pela AMARSUL, bem como a defesa do ambiente.

Partilhe:

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

*

*

Comment moderation is enabled. Your comment may take some time to appear.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como sĂŁo processados os dados dos comentĂĄrios.