Barak Obama, o Presidente norte americano, anunciou hoje um conjunto de medidas que visam levantar imeditamente o bloqueio a Cuba, a retoma de relações diplomáticas e a livre circulação de pessoas e bens entre os dois países, uma decisão histórica que hà muito era aguardada.
Num longo discurso dirigido à nação, Obama anunciou já ter dado indicações ao Secretário de Estado John Kerry, para iniciar o diálogo com Cuba, no sentido do reatamento de relações diplomáticas que se encontravam cortadas desde 1961, da revisão da designação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo e da implementação de medidas que liberalizem o comércio e o fluxo de informações entre os dois países.
Obama refere no discurso que esta era uma promessa feita a si próprio, quando assumiu a presidência norte americana, a qual começou à algum tempo, com o fim às restrições que impediam os cubano/americanos de viajar ou enviar remessas para as famílias em Cuba.
A decisão estava pendente da libertação de Alan Gross, um cidadão norte americano que se encontrava preso em Cuba, sem culpa formada, apenas porque ao serviço da Agência de Desenvolvimento dos Estados Unidos, repartia na capital cubana, computadores e smartphones e da libertação de vários cidadãos cubanos, que se encontravam detidos nos Estados Unidos, por espionagem, os quais já se reuniram às respetivas famílias nos dois países.
Com as mudanças anunciadas hoje, vai ser segundo o Presidente, mais fácil para os americanos viajar para Cuba, poderem utilizar cartões de crédito e débito na ilha, serem restabelecidas as trocas comerciais entre os dois países, com as empresas americanas a deixar de estar em desvantagem, serem facilitadas as transações autorizadas entre os Estados Unidos e Cuba e as instituições financeiras norte americanas, a serem autorizadas a abrir contas em instituições financeiras cubanas.
Com esta decisão, os cubanos passam a ter acesso à mais alta tecnologia, tendo sido anunciado pelo presidente, o reforço nas ligações de telecomunicações entre os dois países, para que a ilha comunique mais facilmente com o mundo.
Barak Obama termina o longo discurso a afirmar que “É dificil produzir uma mudança desta natureza e é ainda mais difícil, quando se carrega o peso da história sobre os ombros, decidimos avançar hoje com esta decisão, porque é o que tem de ser feito. Hoje a América está a soltar as amarras do passado, para alcançar um futuro melhor para o povo cubano, para o povo americano, para todo nosso hemisfério e também para o mundo.
