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Estudo da UC no Parque Nacional da Gorongosa
Estudo da UC no Parque Nacional da Gorongosa

Estudo da UC no Parque Nacional da Gorongosa

Um estudo pioneiro, realizado por uma equipa internacional de cientistas liderada por Susana Rodríguez-Echeverría, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), identificou e quantificou a diversidade de microrganismos do solo presentes nas diferentes paisagens do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), em Moçambique, considerado um dos lugares de maior biodiversidade de África.

Este estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), é um contributo importante para o processo em curso de conservação florestal e restauração do PNG.

Susana Rodríguez-Echeverría, explica que “até agora não havia qualquer informação sobre as comunidades de fungos micorrízicos presentes no parque, informação esta que é fundamental para ajudar na gestão eficaz dos ecossistemas no seu todo”.

“A informação obtida no nosso estudo é mais uma importante peça para o complexo puzzle da biodiversidade do PNG, contribuindo para uma gestão informada e esclarecida por forma a garantir a sustentabilidade global dos ecossistemas do Parque”, conclui a investigadora da FCTUC.

Os fungos micorrízicos são fungos que têm uma associação mutualista com as raízes, isto é, criam uma relação vantajosa para ambas as partes, fornecendo nutrientes para o crescimento das plantas e protegendo-as, por exemplo, de pragas.

Estes fungos estão, portanto, na base do funcionamento de qualquer ecossistema terrestre. Ajudam ao estabelecimento e crescimento das plantas e à produção de sementes que são fundamentais para a manutenção e regeneração da vegetação.

O estudo, publicado na New Phytologist, revista científica da área da ecologia em ciências vegetais: doi: 10.1111/nph.14122, abre caminho para perceber como se relacionam as diferentes comunidades de fungos micorrízicos e os fatores que afetam a sua distribuição e diversidade no “mosaico” de paisagens do Parque Nacional da Gorongosa. A equipa pretende ainda estudar as 22 novas espécies de fungos descobertas ao longo do trabalho.

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