A Sociedade Portuguesa de Transplantação promove de 18 a 20 de junho, no Centro de Congressos do Porto Palácio Hotel, um curso para aumentar o número de transplantes de rim em Portugal.
A Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) vai promover o IV Curso de Transplantação Renal com o objetivo de melhorar o conhecimento dos especialistas e jovens internos neste tipo de procedimento e estimular o interesse nesta área da medicina contribuindo para um futuro com mais transplantes de rim em Portugal, uma vez que há cerca de 2 mil portugueses que continuam em lista de espera. Este curso realiza-se de 18 a 20 de junho no Centro de Congressos do Porto Palácio Hotel.
Em 2014 realizaram-se menos 42 transplantes do que no ano anterior, uma realidade que a SPT procura contrariar demonstrando as vantagens dos transplantes não só ao público em geral mas também aos próprios médicos. Fernando Macário, presidente da SPT, explica que “a transplantação é o milagre da medicina do seculo XX, como vamos demonstrar na primeira conferência deste curso que se destina precisamente a aumentar o conhecimento e confiança dos clínicos portugueses relativamente a este tipo de procedimentos. É importante lembrar que os transplantes de rim permitem enormes ganhos de qualidade de vida por parte dos doentes com insuficiência renal crónica ”.
O IV Curso de Transplantação Renal abordará temáticas clínicas como a imunossupressão, as infeções, as complicações do transplante, a histocompatibilidade e o papel da nutrição, mas tratará também questões legais e éticas próprias dos procedimentos de colheita de órgãos e transplantes. Fernando Macário refere que “as preocupações éticas são transversais a todas as especialidades e procedimentos médicos, mas a vertente legal é particularmente vincada na área da transplantação não só pelas interpretações diferentes da doação de órgãos que existem à volta do mundo mas também porque o tráfico de órgãos continua a existir e é uma realidade que temos que combater”.
Nesta ação formativa a SPT contará com a colaboração de especialistas de 6 hospitais portugueses, mas também profissionais de Espanha, Brasil e Reino Unido.
