A Linha de Apoio de Emergência às Artes, continua a ser uma miragem para uma parte das 311 entidades e profissionais contemplados, entre as 1.025 candidaturas ao apoio de 1,7 milhões de euros, anunciados a 13 de Maio.
Três meses depois do anúncio dos resultados, cinquenta dos 311 abrangidos pelo apoio, ainda não tinham recebido o valor que lhes foi atribuído.
São inúmeros os casos de beneficiários, cujos processos viajam entre departamentos do Ministério da Cultura sem uma explicação convincente, com respostas confusas e desconexas, num jogo de ganhar tempo.
A ministra garantia em 30 de junho, no parlamento, que “todas as entidades que concorreram à Linha de Apoio de Emergência às Artes receberiam até ao final da semana o valor que lhes foi atribuído, acrescentando que, até então, cerca de metade já tinha recebido na sua conta bancária o apoio”.
Segundo a Lusa, “na semana seguinte chegava o alerta da Plateia – Profissionais de Artes Cénicas: “a semana passou, e as verbas não só não chegaram a todos os projetos apoiados (através deste concurso lançado em março, e cujos resultados saíram em maio), como está a haver grandes atrasos nos esclarecimentos por parte do Ministério da Cultura”.
Os resultados, apresentados em 13 de maio, foram criticados pelas estruturas representativas dos trabalhadores do setor, nomeadamente por se ter tratado de um concurso e por não terem sido anunciados os resultados na íntegra, ou seja, que estruturas e profissionais receberam apoio e qual o valor desse apoio.
A Lusa tentou, por diversas vezes, aceder aos resultados na íntegra, mas fonte oficial do Ministério da Cultura referiu que estes só seriam divulgados depois de a verba ter sido distribuída na totalidade, o que até ontem ainda não tinha acontecido.
Fonte: Lusa