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Empresas espanholas na Venezuela em risco de nacionalização

O governo Espanhol enfrenta momentos complicados, no seu relacionamento com a Venezuela, agravados pelo discurso de Nicolas Maduro na última sexta feira, em que mais uma vez o dirigente boliveriano, recorreu ao delírio da conspiração, para desviar as atenções da crise em que o país se encontra mergulhado.

O jornal El Mundo refere-se na sua edição desta segunda feira, a um documento interno da Monclôa, que alerta para o perigo de represálias por parte da Venezuela, que podem chegar a medidas extremas contra algumas das mais importantes empresas espanholas, que operam naquele país sul americano.

Empresas como a Telefónica, Repsol, BBVA, Mapfre, Iberia, Air Europa, Meliá ou Zara, estão completamente expostas às decisões arbitrárias de Maduro, na eventualidade deste avançar para a nacionalização, cujas consequências, até podem afetar a economia do país vizinho, somadas as quebras bolsistas, o valor do patromónio detido por estas empresas naquele país, acrescidos dos milhões que as mesmas ali tem bloqueados, devido à suspensão de transferências para o estrangeiro.

Nicola Maduro baseou o discurso de sexta feira, na teoria da conspiração a partir do eixo ‘Madrid-Bogotá-Miami’, afirmações que conjugadas com as declarações proferidas anteriormente, pelo seu vice ministro Calixto Ortega, podem já ser o preâmbulo, de um plano de castigo, que visa medidas mais radicais.

No discurso de sexta feira, Maduro dizia que: “Desde Madrid, a direita e a ultra direita de Bogotá e Miami, criaram o eixo ‘Madrid-Bogotá-Miami’ para conspirar contra a nossa pátria, todos os dias sacam barbaridades da Venezuela” afirmou, dando como exemplo a acção da imprensa espanhola, “Esta é uma campanha contra a Venezuela, contra a revolução, como fizeram com Chavez, agora estão a fazê-lo contra mim” afirmou o premier Venezuelano.

No documento interno do governo espanhol, referido pelo El Mundo, é dito que não se percebe a recente iniciativa de Nicolas Maduro, de impôr barreiras comerciais aos produtos espanhóis, decisão que para além de ilegal é incoerente, uma vez que a Venezuela é credora, registando um superavit com Espanha, devido às exportações de petróleo, não descartando a possibilidade de Maduro entrar em desnorte.

O mesmo documento, aponta para um número de 110 filiais de companhias espanholas estabelecidas na Venezuela, cujas operações tem uma “importância transcendental”,lê-se, no âmbito das estratégias dos grupos a que pertencem.

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