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Carmen Amado Mendes, docente da Universidade de Coimbra

Portugal acolhe o maior Congresso Europeu sobre a China!

A XX Conferência de estudos chineses, promovida pela Associação Europeia de Estudos Chineses (EACS), que teve lugar em Braga a 23 e 24 de Julho e continua em Coimbra esta sexta e sábado (25 e 26), reúne mais de meio milhar de sinólogos e diretores de centros de investigação da China, Taiwan, Hong Kong e Macau e da Europa.

Para esta sexta Feira, o Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC) acolhe uma conferência com Ming K. Chan, investigador da Universidade de Stanford. Este especialista vai centrar-se no papel assumido por Macau no relacionamento da China com os Países de Língua Portuguesa, realçando o contraste com a relação problemática que Hong Kong tem com a China.

Mas os temas em discussão, ao longo dos quatro dias, abrangem diversos ramos do estudo da China, nomeadamente, economia, política interna e externa, média e cinema, sociologia e antropologia, relações Ocidente-Oriente, Direito, Macau, linguística, literatura, tradução, história, arte e arqueologia e ainda filosofia e religião.

Considerando o papel económico e político da China no contexto internacional, Carmen Amado Mendes, docente da Universidade de Coimbra e responsável pela organização da Conferência, defende que é importante apostar em Estudos Chineses, “tenho tido gente da banca e de empresas de grande dimensão a pedir apoio para contratarem gente com formação em diversas áreas e bons conhecimentos de língua chinesa mas depois desistem quando percebem que o preço de mercado dessas pessoas é, obviamente, mais elevado. Não é de um dia para o outro que se fica fluente em chinês, principalmente se essa não for a formação base. Uma coisa é passar a licenciatura só a estudar a língua. Outra coisa é ter valências noutras áreas mas complementar isso com o domínio da língua e conhecimento da cultura. Só se consegue isto depois de se viver alguns anos na China continental. E isto tem um preço, claro. Mas em Portugal ninguém quer pagar por isso”.

Sobre o interesse por parte das universidades europeias em estudos chineses, a professora da UC sublinha que “continuamos a não ter estruturas que acolham os investigadores interessados na área da China e o domínio do chinês continua a não ser elemento diferenciador que justifique o investimento, com exceção dos departamentos que trabalham especificamente sobre língua chinesa. A aprendizagem do chinês ainda é percecionada como um hobby e as viagens à China encaradas com exotismo”.

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A XX Conferência de estudos chineses, promovida pela Associação Europeia de Estudos Chineses (EACS), que teve lugar em Braga a 23 e 24 de Julho e continua em Coimbra esta sexta e sábado (25 e 26), reúne mais de meio milhar de sinólogos e diretores de centros de investigação da China, Taiwan, Hong Kong e Macau e da Europa. Para esta sexta Feira, o Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC) acolhe uma conferência com Ming K. Chan, investigador da Universidade de Stanford. Este especialista vai centrar-se no papel assumido por Macau no relacionamento da China com…

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