Por volta das 13h, desta quinta-feira, 17/10, teve lugar mais uma confrontação entre o braço armado do partido Renamo e as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Segundo soubemos, a confrontação aconteceu na zona de Mucodza, região localizada entre a Casa Banana e a vila da Gorongosa (centro de Moçambique). Na ocasião, segundo o Ministério da Defesa Nacional (MDN), um grupo de homens da Renamo emboscou uma sub-unidade das FADM que se deslocavam em direcção à Gorongosa, mas, as forças governamentais conseguiram reagir acabando por iniciar uma perseguição que culminou com a captura de um elemento e a morte de outros dois.
Esta foi a informação facultada por volta das 17h, a partir de Maputo, por Cristovão Chume, Director Nacional de política de Defesa no Ministério da Defesa Nacional. Entretanto, no terreno, mais concretamente no quartel da FADM na Gorongosa, existem relatos de 6 homens da Renamo capturados e sob custódia das FADM. Em relação ao número de mortos, existem confirmações sobre a existência de corpos dos homens da Renamo na morgue do Hospital Rural da Gorongosa.
Fontes, no local, por nós contactadas, deram a entender a existência de mais feridos das FADM, tanto no hospital local, como a caminho da cidade da Beira.
Em torno deste assunto e falando a partir de Santugira, o Presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, minimizou a ocorrência e tentou dizer que nenhum dos seus homens tinha sido morto. Insinuou que as baixas diziam respeito às FADM e classificou o confronto como mais um ataque protagonizado pelas FADM, acrescentou que, mesmo com as provocações, ele e os seus nunca regressariam à guerra, mas, de tudo farão para se protegerem dos ataques das FADM. Acabou por vincar que, a solução para o actual clima de tensão será o Presidente da República deslocar-se à Gorongosa para um frente-a-frente, ou então, ordenar a retirada do contingente das forças militares que o cercam em Santugira, no sentido de abrir caminho para ele se deslocar a Maputo.
O Presidente da República Moçambicana inicia, esta segunda-feira, 21/10, uma visita de trabalho à província de Sofala, mas o porta-voz da Presidência, Edson Macuacua, voltou a afirmar esta quinta-feira, que o encontro só pode ter lugar na cidade de Maputo.
Por: Leopardo do Gilé, algures em Moçambique
“escreve sem o acordo ortográfico”