Na quinta-feira dia, 30 de Outubro, os moçambicanos manifestaram-se na sua capital, Maputo pela paz, contra a corrupção, contra os raptos e principalmente contra o governo.
A manifestação foi organizada pela Liga dos Direitos Humanos e com forte apoio da comunidade muçulmana em Maputo (que tem sido a maior vítima dos raptos ocorridos).
Estima-se que cerca de 10 mil manifestantes se juntaram. Foi a primeira grande manifestação que este país assistiu, o que significa uma clara reacção da sociedade civil sobre a situação que o país atravessa.
No espitiro de todos estava um grito comum: QUEREMOS PAZ, NÃO A GUERRA!!!
Vestindo camisas brancas ou vermelhas, com frases como “abaixo a violência, abaixo o racismo, contra a corrupção, contra os raptos”, os manifestantes concentraram-se, ao início da manhã pelas 8h00, junto à estátua de Eduardo Mondlane, na avenida com o mesmo nome, seguindo em direcção à Praça da Independência, junto a estátua de Samora Machel, onde chegaram pelas 10h00.
Na Praça da Independência e sobre os “olhares de Machel”, vários intervenientes discursaram apelando à luta contra a corrupção e veementemente lançaram apelos para que a Paz seja uma realidade.
Em abono da verdade, a realidade é que Moçambique vive em plena situação de guerra não declarada. Uma guerra que 99.9… por cento dos moçambicanos rejeitou de forma veemente e determinada, mas os políticos, porque tem o poder das armas e sabem que tem gente que os protege das balas inimigas, decidiram avançar contra a vontade dos moçambicanos.
Os políticos impuseram, aos moçambicanos, uma guerra desnecessária que só vai regredir o país dezenas de anos.
A sociedade civil reage, vamos a ver se os gritos, chegam a quem de direito e principalmente se os escutam.
Por: Leopardo do Gilé, algures em Moçambique.
“escreve sem o acordo ortográfico”