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Salários condicionam o acesso ao crédito da casa
Baixos salários condicionam o acesso ao crédito da casa - Crd_Freepik

Salários condicionam o acesso ao crédito da casa

A maioria das famílias que recebem salários abaixo dos 2 mil euros mensais, com interesse em comprar casa em Portugal, não avançaram com o crédito habitação no terceiro trimestre de 2023, depois do processo de consulta. O contexto económico está mais desafiante, sobretudo, para quem tem baixos rendimentos.

Segundo o relatório trimestral do idealista/créditohabitação, a maior pressão sobre o poder de compra verifica-se nas dificuldades de poupança devido à inflação e na subida das taxas de juro, a par do acesso dificultado ao financiamento por via do teste de stress, o que explica a retração das famílias com baixos salários na contratualização de empréstimos para comprar casa no nosso país.

Apesar do ambiente económico instável, existe vontade de pedir crédito habitação para comprar casa em Portugal. São as famílias com rendimentos inferiores a 2 mil euros as que têm mais interesse em fazê-lo, representando 41% dos pedidos de empréstimo bancário que chegaram ao idealista/créditohabitação no verão de 2023, como mostra o relatório publicado. Logo a seguir estão as famílias que recebem entre 2 mil e 4 mil euros mensais, que correspondem a 34% dos pedidos.

Concluindo-se que:

As famílias com baixos salários estão a contratar menos créditos da casa
41% dos pedidos de crédito habitação são de famílias com rendimentos familiares inferiores a 2 mil euros
Agregados que recebem entre 2 mil e 4 mil euros mensais correspondem a 34% dos pedidos
Rendimento médio das famílias com empréstimos concedidos foi de 5.657 euros mensais
Preço médio da compra da casa situou-se nos 261.821 euros
Crédito habitação médio contratualizado foi de 171.435 euros

Perfil de quem contrata crédito habitação?

77,8% das escrituras situam-se na faixa etária dos proponentes entre os 25 e os 45 anos
Idade média dos compradores baixou de 39 anos para 38 anos em apenas 12 meses
Emprego estável: cerca de 88% das famílias têm contratos de trabalho permanente e 6% são funcionários públicos

Segundo Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal “os créditos habitação com taxas mistas estão a ganhar terreno em relação aos com taxa variável, representando 52% do total, em comparação com 28% no terceiro trimestre de 2022. A estabilidade que as taxas mistas/fixas oferecem conduz a que muitos clientes procurem defender-se, dada a incerteza do mercado. Além disso, existem ofertas de taxas mistas/fixas mais baratas do que as ofertas de taxa variável no momento inicial do empréstimo habitação.”

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