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OPINIÃO…

AINDA FIZ UMA “CARREIRINHA” CONTIGO

Na sua juventude foi um amante dos desportos aquáticos sobretudo a natação, pesca submarina e vela. Com os meus 6 anos de diferença de idade era o meu ídolo nos mares da Apúlia onde praticava com tios, pai, primos e irmãos o desporto verdadeiramente percursor do actual bodyboard; desporto esse designado por nós, do norte, como “carreirinhas”. Era fabuloso e imbatível a caçar as ondas lá no fundo, no timing preciso quando elas se formavam, acelerando com a braçada crawl que desenvolvia com o seu tronco quase todo de fora, até chegar o momento certo de colocar os braços esticados, ...

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QUESTÕES DE BOM SENSO…

Falar de bom senso implica isso mesmo, bom senso! Esta matéria, publicamente abordada pelo Primeiro Ministro, na sua versão de líder partidário, no último fim de semana, no encerramento da chamada Universidade de Verão do PSD, teve tudo menos isso, o tal bom senso. Já aqui abordei esta problemática de se ter duas cabeças no mesmo corpo, uma de líder partidário e outra de Chefe do Governo. Esta condição de bicéfalo, mormente em lugares de grande responsabilidade, obriga a que haja um grande equilíbrio e prudência naquilo que se diz enquanto se pensa acaloradamente, apenas com uma das cabeças, porque ...

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NINHO DE CUCOS

Todos ouvimos, vezes sem conta, o ditado que o nosso povo, na sua ancestral sabedoria, estabeleceu com desarmante pontaria: “mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo”. Porque a verdade é que não há pensamentos privados – e um pensamento condicionado e traído pela emoção da falsidade é como tal percebido por quem o recebe: hospitais e prisões estão cheios de mentirosos. Exactamente onde estão ou estiveram alguns políticos e onde deveriam estar bem mais! Eles enchem a boca, e é feio falar com a boca cheia, de princípios democráticos e depois deitam às malvas alguns dos mais ...

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TRÊS APONTAMENTOS DE FIM DE VERÃO…

1 – Mais uma guerra anunciada Confesso que não sou, de modo nenhum, um especialista de política internacional, mas tão só um observador atento e um cidadão preocupado com tudo o que se passa à nossa volta e que, de uma ou outra maneira, interfere nas condições de vida das pessoas, em geral. Um cidadão sensível à cada vez mais ameaçada paz mundial e às injustiças que se vão instituindo em padrões de vida, no meio de todos os jogos de interesses, financeiros, políticos ou económicos, suportados pelas grandes potências que impunemente se arvoram em polícias a nível global e ...

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O RASTILHO DA INFÂMIA

Nunca como nestes tempos em brasa foi tão fácil e impune atear fogo ao que resta deste flagelado país. Com os níveis de autoestima a queimar o vermelho, com o cutelo do algoz sobre a cabeça de tantos e tantos portugueses… sempre pronto a cortar, com tantos súbditos educados no respeitinho pelo Estado e, agora, ludibriados nas suas legítimas expectativas por esse mesmo Estado, sempre pronto a morder e a extorquir, a nossa gente caiu num torpor mole e apagado – sem a centelha que lhe alimente a esperança. O país caiu num rumor lamentoso e, perante o estertor de ...

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AFINAL COM QUEM E COMO SE APRENDE?

As conversas com outras gentes diferentes dão-nos sempre novas hipóteses de vida, novos fôlegos. Keynes dizia há muitos anos que a sociedade estava a evoluir num sentido para o qual cada um de nós só teria que trabalhar 4-5 horas por dia. Ninguém o quis ouvir seriamente. Era mesmo verdadeira e fundamentada a sua análise: se cada um de nós fosse dono da sua secção do trabalho facilmente encontraria vários colegas que dispensaria pelo facto de, no limite, não acrescentarem nada ao valor do que faz na empresa/ instituição. As tecnologias têm substituído a nossa força braçal de trabalho. No ...

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RISCOS E DESASTRES…

O ritmo da política ou é lento ou frenético, raramente cadenciado. Os políticos, nomeadamente quando têm o poder e se deixam contagiar por uma necessidade obsessiva de o manter a todo o custo, têm a tendência, por um lado, a criar uma lenta progressão dos acontecimentos, senão mesmo a travá-los para os fazer coincidir com os seus calendários de interesses, ou por outro, a precipitá-los de tal modo que não dão espaço e tempo a que os cidadãos se retenham e analisem as suas intenções e decisões. É uma técnica apurada de confundir, mesmo os mais atentos, e evitar que ...

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A PONTE DA CONCILIAÇÃO

Em 1994, Eric Hobsbawm, recentemente falecido, publicava a famosa obra “A Era dos Extremos”, pretendendo com tal título e com a propriedade possível caracterizar o século XX: foi, de facto, um século que, na sua primeira metade, após a trágica explosão de patológicas antinomias, explosão essa que fez dele «o século mais violento da história humana», no dizer do Nobel de Literatura de 1983, William Golding, se amparou, na segunda metade, no equilíbrio pelo terror da «mútua destruição» que, no plano geopolítico, implicou, por sua vez, a recíproca diabolização dos extremos, dos blocos em conflito e, entretanto, consolidados – os ...

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A INDEPENDÊNCIA DOS INDEPENDENTES EX-DEPENDENTES

Na preparação destas eleições autárquicas a coisa não está fácil mesmo. Como é que eu posso fazer crer que não tenho nada a ver com aquele partido se nele militei e com ele me tornei popular desde sempre? A resposta obriga a que se mostre que se é independente e que se pareça que é mesmo independente como à mulher de César. Um bocado parecido com os ex-fumadores, toxicodependentes, alcoólatras e adictos em geral. Recordo-me que, em tempos idos, um dos primeiros autarcas que foi obrigado a fazê-lo perdeu rotundamente as eleições quando se quis aventurar sozinho como independente. Ele ...

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ESCREVER SOBRE NADA …

Hoje só me apetece escrever sobre nada. O peso dos dias carregados de incertezas, de mentiras e de despudores disfarçados de política, exercem um incómodo considerável sobre o meu direito a uma sanidade mental e espiritual a que não renuncio. Antes, exijo e promovo, acima de todas as mesquinhices que diariamente nos invadem e atormentam. A demência, a cegueira e a intransigência doentia de uma certa classe de políticos portugueses, na insistência de não se esforçarem por encontrar alternativas consensuais para os problemas do país e a sua vergonhosa e castrante dependência de interesses da alta finança, tanto nacional como ...

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