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Exposição “Cicatriz” na zet gallery em Braga

Exposição “Cicatriz” na zet gallery em Braga

A zet gallery inaugura este sábado, em Braga, dia 16 de dezembro, às 16 horas, a exposição “Cicatriz”, que resulta do trabalho artístico de Sandra Baía, numa exploração de infinitas possibilidades, de matérias-primas e processos industriais.

A mostra da artista, nascida em Lisboa em 1968, que conta com a curadoria de Helena Mendes Pereira, procura suavizar e desconstruir, questionando os limites da nossa própria perceção, bem como os estereótipos de beleza ainda enraizados na sociedade atual.

Convidando-nos a visões deformadas, e confrontando-nos com a possibilidade da imperfeição e da cicatriz, palavra que dá mote a este trabalho, a autora incita à nossa reflexão sobre as inúmeras pressões exercidas pelas redes sociais e pelas novas tecnologias de comunicação.

Nas 13 obras que Sandra Baía expõe, há uma delas, a “Vanity Splendor”, que se foca na vulgarização das videochamadas aquando da pandemia. Passamos a ver-nos a toda a hora, enquanto falamos com os outros, o que ampliou um mercado de produtos e de aplicações, que têm como objetivo melhorar a perceção da nossa imagem.

O teletrabalho vulgarizou os Ring Lights, lâmpadas led em forma de anel que melhoram a aparência à luz de qualquer câmara. Na já mencionada “Vanity Splendor”, produzida no enquadramento das conversas que mantivemos enquanto pensávamos esta exposição, Sandra Baía utiliza 24 destes anéis de luzes, numa estrutura em alumínio à imagem dos espelhos de camarim das estrelas de cinema de Hollywood. A rebeldia do objeto contrasta com o esplendor da vaidade que elogia e/ou critica.

Outra das obras, a “Wandering amidst the hush”, resulta de uma parceria com a Inteligência Artificial. Sandra Baía promoveu um diálogo com a máquina e, de uma troca de perguntas e respostas sobre pensamentos da artista, resulta esta frase: “vagueando pelo meio do silêncio”.

Esta obra, outro dos inéditos de “Cicatriz”, abre o debate sobre a Inteligência Artificial, nas suas múltiplas variações, enquanto ferramenta. Ela apela à reflexão sobre os novos desafios e hipóteses que se colocam à produção artística, nunca substituindo o que é único do Ser Humano, mas abrindo possibilidades.

A minha geração teve de se adaptar a esta nova era de tecnologia. Comecei a ouvir falar na inteligência artificial e no AI. Instalei a aplicação e comecei a trabalhar, ou a criar, trocando mensagens entre mim e o AI. Acabei por fazer esta colaboração com a inteligência artificial e é uma das obras que estará exposta na zet gallery”, conta Sandra Baía.

Esta exposição termina a 17 de Fevereiro do próximo ano.

Fonte: Pressmedia / CS

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