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Ernani Balsa

NADA, PARA ALÉM DO INEVITÁVEL …

Pior do que nada pensar é pensar nada. É pensar um vazio desmotivador e castrador de soluções, perspectivas ou alternativas. É refugiarmo-nos no silêncio da reflexão e nada encontrarmos que quebre esse silêncio do pensamento, do exercício de construirmos saídas para a nossa crise, que é essencialmente uma paralisia cerebral da nossa capacidade de debatermos as nossas próprias insuficiências e reconhecermos defeitos, erros, desvios, excessos, intolerâncias e dogmas e mesmo um certo tipo de desonestidades intelectuais e inaceitáveis insuficiências de análise social, porque nos fechamos para além do aceitável, nas nossas muralhas de certezas, sem sequer termos a coragem de ...

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UM IMPASSE CHAMADO CAVACO SILVA…

A novela da “silly season” é a ronda de negociações para o acordo de compromisso de salvação nacional. Este ano é uma super-produção, cheia de intrigas e suspense, golpadas e traição. Guião da autoria de Cavaco Silva, com o PSD e o CDS/PP como actores principais e o PS na condição de actor convidado. Se a produção é de Cavaco Silva, já o assistente de realização é a tal personalidade de reconhecido prestígio que promoverá e facilitará o diálogo, apenas como observador e que dá pelo nome de David Justino. Nada melhor para este período de férias do que tentar ...

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CONVERGÊNCIA DAS LINHAS PARALELAS

O Presidente da República fez a sua prova de vida e falou! Para falar verdade, para além daquilo que terá sido mais óbvio, houve várias falas que se mostraram imperceptíveis. Podemos considerar que são nuances dum discurso político, que ele acha que não deve conter uma excessiva objectividade, porque a política está habituada ao uso do manto diáfano das imprecisões, quando não se quer comprometer totalmente com uma ideia que não interessa fazer passar como um facto ou algo de absoluto. Acontece que o Presidente da República, quando faz uma comunicação ao país, não o faz apenas para os políticos, ...

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MISÉRIAS E VERGONHAS

Há menos de uma semana, por muito descontente que estivesse com a actual situação política e com a acção governativa, nunca esperaria escrever o que agora aqui deixo como testemunho da minha indignação e profundo desencanto com a baixeza de pessoas que seria expectável todos respeitarmos. Acabei de assistir, num dos canais noticiosos da nossa televisão, a uma entrevista com o Professor Adriano Moreira, um homem vindo do anterior regime, genericamente considerado de direita, mas respeitado por uma larga maioria do país, por via da sua honestidade política e social. Um homem que nos inunda de saber e bom senso, ...

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DOS “EMPATA BODAS” AOS “MATA GREVES” …

Tinha pensado em dedicar esta crónica apenas a um tema que tinha a ver com o que se passou no passado fim-de-semana, por alturas da comemoração do 2º aniversário duma prestigiada sociedade recreativa, mas outro tema se interpôs entretanto, que considero mais relevante e mais digno de alguma atenção e algumas considerações. Não abandono, porém, a efeméride aniversariante acima referida, porque ela merece também algumas palavras. Para comemorar condignamente o trabalho realizado ao longo destes dois anos, a “Sociedade Recreativa e Excursionista Governo de Portugal (SREGP)” organizou um passeio a Alcobaça, com almoço e tertúlia. Para se deslocarem e tornarem ...

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BREVE ENSAIO SOBRE O DIREITO DE REVOLTA…

Tem sido notória a vaga de protestos, manifestações e outros movimentos de carácter revolucionário que nos últimos anos têm vindo a acontecer nos mais diversos países do mundo. Movimentos que surgem quase do nada, mas que assentam numa sensação progressiva de mau estar, de tiques autoritários ou mesmo ditatoriais, de exercício de vários tipos de poder que não respeitam os direitos mais fundamentais das populações ou então de desvios duma linha democrática, que progressivamente se vai afastando daquilo que os cidadão entendem ser o caminho certo e desejável, desvios esses que genericamente se consubstanciam numa crescente prática de corrupção aos ...

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A IMPONDERABILIDADE DO PODER …

Nada mais ameaçador para o poder do que o seu exercício para além dele mesmo! Na actual situação política, social e económica que vivemos, cada vez mais nos confrontamos com situações que nos reclamam uma aturada análise e reflexão sobre o exercício do poder, mesmo quando ele está respaldado por uma legitimidade que lhe foi conferida por um dos principais instrumentos da democracia, as eleições livres. Como já aqui foi dito anteriormente, a legitimidade de qualquer poder saído de eleições democraticamente livres, não tem uma garantia vitalícia, uma vez que o escrutínio do seu exercício deve ser feito ao longo ...

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O QUE NOS FAZ FALTA…

Demissão deste governo?… Sim! Eleições?… Sim! Mas será apenas isto que nos faz falta!?… Na situação em que o país se encontra, é tão vasta a quantidade e qualidade de soluções e projectos que nos faltam cumprir, que estas duas urgências acima referidas, são mesmo só isso. Urgências, que são preciso ultrapassar, sem hesitação, mas não sem a reflexão e o bom senso que se impõem. O tecido social, político e ideológico está de tal maneira coçado, qual manta através da qual os finos e frágeis fios que lhe aguentam ainda a textura, deixam inexoravelmente passar o frio e o ...

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DERRAPAGENS IDEOLÓGICAS

No actual léxico político-económico, há já bastante tempo que tinha sido introduzido o conceito de derrapagem, para classificar o desvio de valores orçamentais, nas suas mais variadas vertentes, quando o verdadeiro valor atingido, apresentava uma diferença para mais, relativamente ao valor inicialmente ajustado e inscrito nos orçamentos em causa. Este tipo de derrapagem tornou-se tão comum, que quase passou a ser considerado como regra, relegando para o campo do pouco provável o esperado cumprimento dos números oficialmente inscritos nos orçamentos. Obra, empreendimento ou outro qualquer tipo de despesa a ser paga pelo Estado, passou então a medir-se, em termos de ...

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GOVERNAÇÃO PELO ABSURDO

Quando não se sabe como fazer, inventa-se e dentro desse exercício de vanguarda na arte de bem (mal) governar, não há opção que não possa ser posta em prática, tendo como principal objectivo, travestir qualquer forma lógica ou acertada de exercer o governo da nação e transformar esse desiderato numa outra inusitada e estrambólica forma de governar – a governação pelo recurso ao absurdo. Tudo, para dissimular as insuficiências e as inabilidades de um executivo, que já nada controla nem nada tem para justificar os votos em que assentou a sua legitimidade. O “Governo de Portugal”, como agora se passou ...

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